O prefeito em exercício de Campestre, Gilmar de Oliveira Lins (PMDB), ingressou com uma ação judicial pedindo o desbloqueio das contas do município. De acordo com ele, o bloqueio foi realizado pela agência do Banco do Brasil (BB), sediada em Novo Lino, o que lhe impede de movimentar os recursos desde o dia 27 de setembro, quando teria terminado o prazo (180 dias) de afastamento do prefeito Amaro Gilvan de Carvalho (PT do B), o “Gilvan Cabeção”. Este responde a processos, acusado de cometer atos de improbidade administrativa.
Segundo Gilmar de Oliveira, que é vice-prefeito, a agência do BB bloqueou automaticamente as contas do município, por entender que chegou ao fim o prazo de afastamento de Gilvan Cabeção. Por outro lado, a agência ainda não teria sido informada pela Justiça sobre uma possível prorrogação deste prazo. Sem acesso ao dinheiro, o prefeito em exercício não tem como pagar a fornecedores e a cerca de 350 servidores municipais.
“A agência do Banco do Brasil alega que o bloqueio é automático e que depende de uma declaração judicial para liberar a conta. Acontece que ainda estou no exercício do cargo e preciso ter acesso aos recursos para realizar os pagamentos, porque os servidores estão sem os seus salários. Ninguém recebe nada desde o dia 27 de setembro”, disse Gilmar de Oliveira.
Revoltados, os servidores ameaçam realizar protestos em frente ao Fórum Domingos Fernandes Calabar, na sede da Comarca, em Porto Calvo, e defronte da agência do BB de Novo Lino.
A reportagem enviou questionamentos via e-mail às assessorias do BB e do Tribunal de Justiça (TJ) e aguarda por respostas. A reportagem não conseguiu estabelecer contato com Gilvan Cabeção.
GW