Publicada em 10/01/2017 às 07h41.
Fifa confirma Copa do Mundo com 48 seleções em 2026
Em documento enviado às federações, a própria Fifa vê problemas esportivos no formato que será adotado a partir do Mundial de 2026.

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nova fórmula da Copa será oficializada nesta terça em Zurique (Foto: Reuters)

 

A nova Copa do Mundo, a ser disputada por 48 seleções a partir de 2026, terá uma overdose de partidas nos primeiros dias de disputa. O novo formato do Mundial não vai alterar o número de estádios (12), nem sua duração (32 dias), e nem o número de jogos dos finalistas (7). Mas vai aumentar o número de jogos dos atuais 64 para 80. A Fifa confirmou a mudança de maneira oficial na manhã desta terça-feira.


- O Conselho Fifa decidiu unanimemente por uma Copa do Mundo com 48 times a partir de 2026: 16 grupos de três times - anunciou em sua conta oficial no Twitter.

As 48 seleções serão divididas em 16 grupos de três times. Os dois melhores de cada chave avançam ao mata-mata. Os 32 então viram 16, que se enfrentam em oitavas de final e assim por diante.

Os grandes clubes europeus são frontalmente contra o inchaço da Copa - batalha que está perdida. Para acomodar tanto jogo em tão pouco tempo, a Fifa espremeu a fase de grupos e a primeira fase eliminatória: serão 48 jogos em 12 dias - ou seja, quatro por dia.

No novo formato, serão quatro jogos por dia nos primeiros 15 dias de Copa (60 no total), e a primeira pausa será apenas no 21º dia de competição. No atual, são disputadas 25 partidas no mesmo período de 15 dias e então há a primeira pausa.

Documento Fifa Copa 48 seleções (Foto: Reprodução)Documento confidencial da Fifa mostra como seria chaveamento na Copa com 48 seleções (Foto: Reprodução)


Essas informações fazem parte de um documento enviado pela Fifa para as confederações continentais, no qual estão detalhadas as propostas de inchaço da Copa do Mundo. O GloboEsporte.com teve acesso ao relatório, de 64 páginas. 

A Fifa vê dois problemas "esportivos" no novo formato: o tempo de descanso entre os times na primeira fase fica desequilibrado, e a decisão da fase de grupos não ocorre em jogos simultâneos (pelo número ímpar de componentes de cada chave).

Para essa segunda questão, a Fifa levanta uma possibilidade: disputa de pênaltis ao final de cada partida como uma forma de evitar empates. Desta forma, todos os classificados seriam decididos por pontos conquistados e não por outros critérios -- como saldo de gols, por exemplo.

Numa reunião do Conselho da Fifa nesta terça-feira será batido o martelo sobre o novo formato. Eventuais mudanças no regulamento, como esta disputa de pênaltis em todos os jogos, só serão discutidas mais para a frente. A sede (ou as sedes) da Copa de 2026 será decidida em 2020.


Documento Fifa Copa 48 seleções (Foto: Reprodução)
A divisão dos jogos, dia a dia, caso a proposta de 48 seleções seja aprovada para a Copa de 2016 (Foto: Reprodução)


Mais jogos, mais dinheiro

O "impacto financeiro" e o melhor "potencial comercial" também são alguns dos argumentos da Fifa para ampliar o número de participantes da Copa do Mundo a partir de 2026. O Mundial, que hoje é disputado por 32 seleções, passará a ter 48 times a partir de 2026.

"Está claro que, do ponto de vista comercial, todos os formatos gerariam um impacto financeiro positivo. Alguns formatos seriam mais vantajosos do que outros. O formato de 48 times aparenta oferecer o melhor potencial comercial", diz o trecho na página 7 do documento enviado pela Fifa para as confederações continentais. A Fifa analisou quatro novos formatos possíveis para a Copa do Mundo - dois com 40 times, dois com 48. A decisão já foi tomada e será formalizada nesta terça pelo Conselho.

A Fifa estima que sua arrecadação vai aumentar em US$ 975 milhões com o novo formato - entre venda de direitos de televisão, publicidade, ingressos e outras receitas. A entidade também prevê gastar US$ 335 milhões. Ou seja: a Fifa teria um lucro adicional de US$ 640 milhões com a Copa inchada.

No relatório enviado para as confederações, a Fifa faz ponderações sobre esses valores. Diz a entidade que fez apenas um "exercício teórico" com base nas receitas estimadas para a Copa de 2018. 

 

 

Globo Esporte

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