Doleiros já revelaram como a organização criminosa liderada por Cabral ocultou cerca de R$ 340 milhões com o envio de propinasNilton Fukuda/28.06.2013/Estadão Conteúdo
A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro negocia, em estágio avançado, uma nova delação premiada que revelaria detalhes de supostos envios de propinas ao exterior para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Segundo fontes próximas às investigações, o doleiro Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, está em tratativas para assinar o acordo de delação premiada.
A colaboração avança sobre repasses no exterior, que integrantes do MPF (Ministério Público Federal) acreditam que podem chegar a R$ 1 bilhão.
Em outra ponta, os procuradores têm progredido nas apurações sobre fraude em licitações no Estado do Rio que podem atingir o ex-secretário estadual da Saúde Sérgio Cortes. O MPF suspeita da existência de irregularidades na conquista de licitações na área da Saúde.
Cortes acompanhou Cabral na viagem a Paris, em 2009, que se tornou conhecida após a divulgação de fotos de parte da comitiva em uma festa portando guardanapos na cabeça. Além de Cortes e Cabral, o então secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, estava no grupo que acompanhava o então governador e virou alvo das investigações.
Os irmãos doleiros já revelaram como a organização criminosa liderada por Cabral ocultou mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões) com o envio de propinas para o exterior.
Defesas
Cortes negou irregularidades durante sua gestão. Procurado na noite de ontem, Fichtner não se posicionou até as 21h. Os advogados de Cabral não responderam aos contatos da reportagem.
R7