Publicada em 20/02/2017 às 10h51.
Mais um ministro de Temer é citado na Lava Jato
Delação inclui o chefe da pasta de Indústria, Comércio Exterior, Marcos Pereira, do PRB. Ele teria recebido R$ 7 milhões em propina da Odebrecht
Ministro de Indústria e Comércio, Marcos Pereira, é o novo integrante do governo Temer incluído na Lava JatoFoto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Em novo depoimento que integra a delação da construtora Odebrecht na Lava Jato, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, também presidente licenciado do PRB, é o sexto integrante do governo Temer a ser citado na operação. 

Pereira negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. O dinheiro teria comprado o apoio do partido, então presidido pelo ministro, à campanha de reeleição de Dilma Rousseff.

Segundo o depoimento, o dinheiro dado ao PRB fazia parte de um pacote maior, que envolvia também o apoio de PROS, PCdoB, PP e PDT à chapa governista. Ao todo, a Odebrecht colocou cerca de R$ 30 milhões na operação. O acordo é descrito, com diferentes pedaços da história, nas delações de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e dono da empreiteira, e dos executivos Alexandrino Alencar e Fernando Cunha.

Na época Pereira tratou pessoalmente do assunto com Alexandrino, um dos 77 executivos da Odebrecht que fizeram acordo de delação já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com as delações, Pereira esteve mais de uma vez na sede da Odebrecht em São Paulo para combinar como e a quem o dinheiro, entregue em parcelas, deveria ser repassado. O ministro negou as afirmações dos delatores. 

"Eu desconheço essa operação. Comigo não foi tratado nada disso", disse. Presidente licenciado do PRB, Marcos Pereira é homem forte no partido fundado por integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus após o escândalo do mensalão.

Ao Estado, ele contou que ajudava a arrecadar recursos para campanhas do seu partido, que tem 23 deputados, um senador e comanda a prefeitura do Rio, com Marcelo Crivella. 

Durante a campanha, o apoio do PRB e dos outros quatro partidos garantiu à chapa Dilma-Temer mais tempo na televisão na propaganda eleitoral de televisão. Foram mais de 11 minutos, diante apenas 6 minutos de Aécio Neves, o candidato do PSDB. 

O PRB recebeu R$ 7 milhões em troca de 20 segundos por dia de campanha. Segundo os relatos dos executivos da Odebrecht, a empreiteira agiu a pedido de Edinho Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma e hoje prefeito de Araraquara (SP), realizado num encontro com Marcelo e Alexandrino em São Paulo. Edinho Silva nega o acerto com a Odebrecht.

 

Da Redação Com Agências

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