Publicada em 17/03/2017 às 10h24.
Prejuízo estimado é de R$ 1,4 bilhão. Brasil é o 8° país numa lista de 57 pesquisados.
Um caminhão é roubado a cada 23 minutos no País
Foto: Denmy cesar/Folhapress
As ocorrências de roubo de cargas no País quase dobraram nos últimos seis anos e provocaram, apenas em 2016, um prejuízo estimado em R$ 1,4 bilhão. Os dados são de estudo divulgado ontem pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), que pede medidas para conter a atividade criminosa e alerta para riscos de desabastecimento de produtos no Rio.
e acordo com a entidade, foram 22.550 ocorrências apenas em 2016 -o estudo considera dados de 22 Estados e do Distrito Federal, já que não foi possível compilar as estatísticas de Acre, Amapá, Paraná e Roraima.
O número é 86% superior às 12.124 ocorrências registradas em 2011. Do total de casos, 84% foram registradas no Rio e em São Paulo. De acordo com os dados da Firjan, um caminhão é roubado a cada 23 minutos no País.
O crescimento da atividade coloca o Brasil como o oitavo país mais perigoso para o transporte de cargas em lista de 57 países elaborada pela Joint Cargo Comitte (entidade que representa seguradoras), acima de regiões com conflitos, como o Paquistão, a Eritreia e o Sudão do Sul.
O crime, que costumava ser mais concentrado em São Paulo, passou a ter um grande nível de ocorrências também no Rio nos últimos anos e, segundo autoridades, está relacionado ao tráfico de drogas: o roubo de cargas seria uma maneira de financiar a compra de armas por traficantes. "O risco de desabastecimento é real. Em alguns produtos, como alimentícios e de bebidas, vamos ter sérios problemas de desabastecimentos", alertou o vice-presidente da Firjan, Sergio Duarte.
Folha PE
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