(Reprodução da internet)
Em decorrência do pós-enchente, até o fim deste mês, Alagoas estará em situação de emergência para a leptospirose. É o período médio de incubação da doença que dura trinta dias, desde a contaminação. Do dia 30 de maio a 19 de junho, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) notificou 55 casos suspeitos, desses, nove evoluíram para óbito, com cinco deles confirmados.
De acordo com a gerente técnica do Hospital Helvio Auto, Luciana Pacheco, o número de óbitos não significa necessariamente surto da doença. Entretanto, a quantidade de casos é o que pode representar a gravidade da situação. “A leptospirose é, sim, uma doença grave e pode ter uma evolução benigna, mas também pode evoluir com gravidade. Tanto que tem esse número de óbitos. Se a pessoa tiver contato com a água contaminada, se tiver febre, dor de cabeça e dor no corpo deve buscar um atendimento”, afirma a médica.
Os casos confirmados são oriundos dos municípios de Maceió e União dos Palmares, com quatro pacientes e um nessas cidades, respectivamente, de acordo com a Sesau. Ainda estão em investigação registros feitos em Atalaia (1), Maceió (2) e Pilar (1), municípios afetados pelas fortes chuvas do fim de maio. “Até o dia 30 de junho nós estaremos em situação de emergência, porque é o período de incubação da doença (que são em média trinta dias). E essa situação pode se prolongar”, disse Cristina Rocha, superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau.
Segundo a superintendente informou à Gazeta de Alagoas, “ainda não se faz essa classificação concreta (sobre surto ou epidemia) por Alagoas estar numa situação de emergência”. “A expectativa é que se tenha um aumento de casos porque as pessoas, independentemente da vontade, ficaram expostas à água contaminada. Era esperado o aumento desse tipo de agravo assim como aumentam as diarreias e acidentes com animais peçonhentos”, declarou Cristina Rocha.
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