Publicada em 15/07/2017 às 11h12.
Em busca de apoio, governo libera R$ 1 bilhão a deputados e senadores
Oposição diz que Planalto tem priorizado as emendas parlamentares de aliados.

© Ueslei Marcelino / Reuters

 


Deputados e senadores da oposição acusam o governo de priorizar a liberação de verbas para projetos de emendas parlamentares para quem apoia Michel Temer. Nos últimos dois meses, R$ 1 bilhão foi destinado a projetos apresentados pelos parlamentares. O dinheiro, normalmente, segue para obras e investimentos nos redutos eleitorais dos políticos.

"Quem apoia, tem a verba", disse o deputado Lincoln Portela (PRB-MG). A critica foi reforçada pelo oposicionista Ivan Valente (PSOL-SP). "São cenas explícitas de fisiologismo e cooptação, visando a sobrevivência de um governo moribundo. Só isso já daria mais uma denúncia de corrupção para caçá-lo".

De acordo com informações do "SIGA Brasil", sistema de informações sobre o orçamento público federal, o valor liberado pelo Planalto é 31% maior do que o mesmo período do ano passado, quando Michel Temer ocupava o cargo de presidente de forma interina, durante o afastamento de Dilma Rousseff.


A distribuição de dinheiro ocorre no momento em que Michel Temer mais precisa de apoio, já que é alvo de uma denúncia do Ministério Público Federal, acusado de corrupção passiva. O presidente depende do voto dos deputados, que têm o poder de decidir pela instauração, ou não, do processo no Supremo Tribunal Federal (STF).


De acordo com informações da Folha de São Paulo, o aumento no montante liberado ocorre exatamente a partir de maio, quando a delação da JBS veio à tona e agravou a crise política no país, por envolver diretamente o presidente da República. Em junho, o procurador-geral, Rodrigo Janot, apresentou denúncia contra Temer.


Ainda segundo o jornal, apesar de as emendas terem formalmente o caráter "impositivo", ou seja, de execução obrigatória, a real liberação do dinheiro está sujeita a contingências políticas e administrativas.


A assessoria do presidente foi procurada e se pronunciou sobre as acusações. Disse que "não há essa relação" e que "o governo apenas executa o Orçamento quando há disponibilidade de caixa".

 

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