Publicada em 27/07/2017 às 09h39.
Gêmeas siamesas unidas pelo crânio serão separadas em Bangladesh
Os pais das meninas, ambos professores, mudaram-se para Daca após o nascimento de Rabia e Rukia, na tentativa de obter ajuda médica.
Foto: Internet

 

 

 

 

 

 

Gêmeas siamesas unidas pelo crânio vão passar por uma difícil e potencialmente perigosa operação para separá-las - informaram os cirurgiões nesta quarta-feira (26/7), que pediram ajuda da comunidade médica internacional. Os médicos tentam determinar se as meninas, de um ano de idade, nascidas no noroeste de Bangladesh, compartilham um único cérebro. Esse elemento pode complicar muito a cirurgia.

"Seria uma cirurgia muito delicada e sensível", indicou o chefe de cirurgia pediátrica Ruhul Amin, do Bangabandhu Sheikh Mujib Medical University, da capital, Daca. "Estamos avaliando sua condição e tentando entrar em contato com especialistas em todo mundo para obter opiniões e ajuda", declarou.

Os pais das meninas, ambos professores, mudaram-se para Daca após o nascimento de Rabia e Rukia, na tentativa de obter ajuda médica. Amin informou que as meninas estão saudáveis, mas disse que precisa de mais tempo para estudar o caso, de modo a reduzir os riscos da cirurgia a um mínimo.

Antes do nascimento, os pais sequer sabiam que esperavam gêmeos, umas vez que os exames não mostraram qualquer anormalidade, ou evidência de dois bebês, explicou o pai, Rafiqul Islam. "O médico só mencionou um feto com uma cabeça grande", disse à AFP.

Os pais querem que suas filhas tenham "uma vida melhor", apesar das consequências potencialmente fatais da cirurgia. "A maioria das pessoas vem visitar minhas filhas com compaixão, ou escárnio, em seus olhos, algo que é intolerável para um pai", acrescentou. "Quero ter fé em Deus e nos cirurgiões para que as minhas filhas passem por uma cirurgia bem-sucedida e, eventualmente, tenham uma vida normal", desabafou.

Em casos raros, gêmeos idênticos podem nascer com a pele e com certos órgãos internos ligados. Cerca de metade nasce morta, e a taxa de sobrevivência é entre 5% e 25%. Em 2008, morreu em Bangladesh um bebê que nasceu com duas cabeças.

CorreioBraziliense
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