Publicada em 13/09/2017 às 08h34.
Álcool, remédios e cigarro interferem na fertilidade, diz especialista
Drogas, obesidade e cigarro podem interferir nas taxas de gestação.

© iStock

 

Apesar de a infertilidade ser, muitas vezes, de causa indeterminada, pesquisadores sugerem que certos fatores ligados ao estilo de vida podem fazer a diferença na hora de engravidar. De acordo com Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, estatisticamente, a infertilidade decorre em 30% dos casos de fatores masculinos, 30% de fatores femininos, 30% em ambos e 10% sem causa aparente. “A principal causa de infertilidade masculina é desconhecida (chamada de idiopática). Porém, destaca-se a varicocele, doença que provoca um defeito valvular nos vasos sanguíneos que envolvem os testículos. A mulher tem como principais causas de infertilidade a endometriose, alterações tubárias, distúrbios da ovulação, destacando a síndrome dos ovários policísticos e alterações uterinas”.

 

Sabe-se que fatores genéticos também possuem relação com a infertilidade. Porém, segundo o especialista, há um conceito denominado epigenética, que representa a interferência do meio ambiente na expressão dos genes. Assim, o estilo de vida poderia impactar seriamente nas chances de conceber. Abaixo, o especialista lista os fatores ambientais que estão diretamente ligados à infertilidade.


Obesidade - O peso acima do ideal interfere no ciclo hormonal da mulher e é um fator prejudicial à fertilidade, pois a gordura corporal em excesso, principalmente à abdominal, produz uma maior quantidade de estrógeno que interfere no ciclo reprodutivo. Nos homens, o excesso de peso reduz o nível de testosterona, o que compromete a produção seminal.


Tabagismo - Fumar é um perigo à fertilidade feminina, pois associa-se ao envelhecimento prematuro do sistema reprodutivo, o que interfere no desenvolvimento embrionário e, consequentemente, reduz a taxa de gravidez. Já o tabagismo masculino está associado à redução na qualidade do sêmen, incluindo concentração de espermatozoides, morfologia e efeito potencial na função espermática, além das alterações nos níveis hormonais.


Álcool - Nos homens, o álcool reduz os níveis de testosterona, bem como a qualidade e a quantidade do espermatozoide. Isso acontece porque as células produtoras de testosterona atrofiam e há uma diminuição dos hormônios masculinos. Além disso, pode afetar o desejo sexual e levar o indivíduo à impotência por prejudicar à ereção. Já nas mulheres, o álcool pode dificultar a produção hormonal feminina, alterar a libido e interferir na ovulação ou na qualidade dos gametas.


 

Drogas e anabolizantes - Se usadas por tempo prolongado, as drogas podem resultar em disfunção ovulatória e, consequentemente, irregularidade menstrual. Nos homens, reduz a libido e aumenta o número de espermatozoides defeituosos. Além da disfunção erétil e da atrofia dos testículos, pode ocorrer a diminuição da produção de sêmen. Nas mulheres, além de ganhar traços masculinos, pode interferir na ovulação.

 

 

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