Segundo Godoy, o grupo criava empresas-fantasma para adquirir crédito no mercado e, em seguida, aplicar os golpes. Representantes comerciais e empresas locadoras de veículos estão entre as vítimas. “Eles faziam compras menores, ganhavam o crédito com os representantes comerciais e, em seguida, faziam uma compra com um valor maior e não pagavam. Quando o valor era cobrado, as pessoas lesadas percebiam que a empresa não existia”, explica o delegado.
Segundo a Polícia Civil, dois dos três envolvidos confessaram ter antecedentes criminais e que sabiam que os carros revendidos pertenciam às locadoras. Autuado por estelionato e associação criminosa, o trio foi encaminhado a uma audiência de custódia, onde foi liberado pela Justiça.
Em Pernambuco, o grupo atuou sobretudo junto a empresas locadoras de veículos, de acordo com a polícia. "Eles locaram mais de 20 carros, recebiam os veículos e repassavam a terceiros. Algumas pessoas eram enganadas e outras compravam o carro sabendo do que se tratava", conta o delegado.
Ainda segundo o titular do caso, um dos veículos revendidos pelo grupo foi utilizado em um roubo a uma empresa em Pernambuco. “Além de estarem sendo utilizados para a locomoção de pessoas, esses veículos que eram revendidos também estão sendo utilizados para cometer crimes”, afirma o delegado. Godoy informou também que as pessoas que compraram os veículos sem saber do envolvimento no crime devem comparecer à Delegacia de Roubos e Furtos, na Rua São Miguel, em Afogados, na Zona Oeste do Recife, para devolver os carros. "Todos serão investigados", enfatiza.