Publicada em 18/10/2017 às 10h24.
Candidatos denunciam irregularidades em concurso do TJPE
Petição pública para a anulação do certame soma, nesta terça (17), sete mil assinaturas.

Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) - Palácio da Justiça (Foto: Arquivo/G1)
Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) - Palácio da Justiça (Foto: Arquivo/G1)
O concurso público do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), realizado no domingo (15), tem sido alvo de polêmicas. Ao todo, 179.548 pessoas inscreveram-se para o certame, e alguns candidatos alegam irregularidades e suspeita de fraude na aplicação das provas da seleção. Na internet, foi aberta uma petição pública, que já conta com quase sete mil assinaturas, pedindo a anulação das provas, aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).

Nesta terça-feira (17), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) afirmou que recebeu um grande número de reclamações acerca do certame e que está fazendo a triagem das denúncias para, possivelmente, abrir um procedimento investigatório.


Segundo relatos de candidatos, uma das irregularidades diz respeito à folha de resposta para a prova discursiva. Um dos itens do edital do concurso proibia qualquer forma de identificação do candidato na folha destinada às respostas discursivas, mas, no entanto, a folha para a redação seria a mesma para o gabarito, onde constava dados como nome, RG e número de inscrição do candidato.


"A redação estava junto com a folha do cartão resposta, o que poderia dar margem para fraude. Se houver algum tipo de esquema, o candidato pode ter uma nota atribuída não pelo tipo de conteúdo, mas sim porque está envolvido em uma fraude", argumenta a estudante Larissa Rodrigues, que estuda há dois anos para passar em concursos públicos.


Além disso, os candidatos também denunciam não ter sido submetidos ao uso do detector de metal para entrada no local de prova e sala do exame, o que é de praxe nos concursos públicos para evitar fraudes no momento da prova.


"Quando eu fui ao banheiro, vi cinco pessoas conversando durante a prova. Quando voltei e disse ao fiscal o que estava acontecendo, ele disse que não poderia fazer nada naquele momento", relata a advogada Viviane Delgado, que também realizou o certame.

 

Em nota, o TJPE afirmou que não tolerará irregularidades e que a "empresa atendeu a todos os itens estabelecidos no edital de licitação, sendo, por esse motivo, habilitada para a realização do certame".


O documento diz, ainda, que os questionamentos acerca do concurso podem ser encaminhados ao IBFC através do Serviço de Atendimento ao Candidato por meio do telefone (11) 4788-1430, de segunda a sexta-feira úteis, das 9h às 17h, considerado horário de Brasília (DF). Recursos também podem ser interpostos no site do IBFC.


Também por meio de nota, o IBFC afirmou que a tecnologia adotada “possibilita e garante que as provas discursivas sejam corrigidas online, com toda a segurança e garantia de anonimato” e, sobre haver uma identificação na folha de respostas, o instituto afirmou ser “necessária no início da prova, para que seja certificado que cada candidato tenha sua prova entregue corretamente, sem que haja qualquer tipo de troca”.


O IBFC diz, ainda, que “nunca enviou aos corretores o documento original para avaliação Vê-se, então, que o inconformismo apresentado não tem o menor fundamento para prosperar tratando-se mais de uma estratégia para desarticular a avaliação em prol de candidatos com baixo desempenho do que propriamente um apontamento de irregularidade no procedimento”.


G1

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