Por 44 a 26, os senadores derrubaram nessa terça-feira (17) as medidas cautelares impostas a Aécio Neves (PSDB-MG) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 26. Investigado por causa da delação do empresário Joesley Batista, da JBS, o tucano estava afastado do mandato e em recolhimento domiciliar noturno. Após uma crise entre Judiciário e Legislativo, a própria Corte definiu que as decisões deveriam passar pelo crivo do plenário e a votação, aberta depois de mais uma polêmica, foi essa noite. Dos três pernambucanos, dois votaram:
Fernando Bezerra Coelho (PMDB) – Não
Denunciado na Lava Jato, o senador peemedebista acompanhou os votos do partido e confirmou o posicionamento para que a Casa não mantivesse o afastamento de Aécio Neves. O vice-líder do partido, porém, não discursou no plenário.
Humberto Costa (PT) – Sim
O petista votou contra o retorno de Aécio. “O Partido dos Trabalhadores vai votar com a Constituição brasileira”, alegou em seu pronunciamento como líder da oposição.
Humberto aproveitou para passar na cara do tucano a ação contra a chapa de Dilma Rousseff (PT) após ter sido derrotado em 2014, processo que foi arquivado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho deste ano. Já no governo, com quatro ministérios, o PSDB passou a não acusar Michel Temer (PMDB).
“Nós não estamos discutindo aqui a conduta do parlamentar que jogou a democracia brasileira no lixo, que não aceitou um resultado eleitoral justo, correto e que disse que, por brincadeira, questionou o resultado das eleições. Não está em julgamento aqui a conduta desse parlamentar que incentivou o ódio na sociedade brasileira durante todo esse período. Não. Esse é um julgamento político, que a história está fazendo e vai fazer. O que nós estamos discutindo agora é uma questão de uma conduta concreta”, afirmou o senador petista.
Inicialmente, o PT havia saído emitido uma nota criticando a decisão do Supremo. Humberto defendeu, porém, que a manifestação tinha um caráter institucional, de defesa da autonomia entre os Poderes, e não de apoio ao tucano. A nota do partido foi vista como uma maneira de marcar posição diante da possibilidade de algo semelhante vir a acontecer com algum petista. A presidente da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), por exemplo, é ré em um inquérito no Supremo.
Armando Monteiro (PTB) – Ausente
Em missão oficial em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, o petebista não foi à sessão. Lá, ele participa da WorldSkills, uma competição internacional de educação profissional. Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando tem reuniões durante a viagem.
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