De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen-AL), Kleyton Anderson, a paralisação foi mantida por conta da falta de acordo com o Governo do Estado com relação a salários.

“Havíamos feito um acordo sobre o pagamento da bolsa [auxílio] para os agentes, que seria incorporada em partes até chegar ao piso de R$ 3.800. Quando chegasse nesse, o governo incorporaria outros valores residuais ainda como parte de uma bolsa. Mas voltaram atrás e disseram que não iriam pagar”, explica Anderson.

O presidente do sindicato explicou também que apenas os serviços essenciais, como segurança e controle de rebeliões, estarão mantidos, o que impossibilita a realização das visitas aos presos no fim de semana.

A paralisação continua durante a próxima semana, e com isso a entrada de novos presos também estará prejudicada.

“Vamos manter o que estamos fazendo [na paralisação], que é não destrancar os presos. Não tem visita e nem atendimento interno. Estávamos fazendo vista grossa para a superlotação e o baixo efetivo, mas como o acordo foi quebrado, voltaremos ao que estávamos fazendo antes”, conclui Anderson.

As negociações estão sendo realizadas por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). Procurada pela reportagem, a assessoria do órgão disse, em nota, que tem procurado resolver todos os pleitos do sindicato, respeitando as possibilidades financeiras do Estado.

A nota continua dizendo que desde o início da atual gestão vem discutindo, de forma transparente, com a categoria. A Mesa Permanente de Negociação continua aberta.

Já a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) disse que ainda não foi comunicada oficialmente a respeito da decisão do Sindapen de manter a paralisação e suspender as visitas.