A Federação de Atletismo do Quênia perdeu nesta sexta-feira, o prazo estipulado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) para provar que está tomando medidas para combater os casos e as denúncias de doping no atletismo do país. A exigência feita pela entidade mundial veio após novas alegações de corrupção e depois que uma série de testes de atletas tiveram o resultado positivo. De acordo a BBC, o Quênia não foi capaz de fornecer as garantias que a Wada está buscando e serão colocados em uma lista de nações em risco de violar o código da agência.

Foi dado o prazo de mais dois meses para o país do leste africano, cujo atletas são dominantes na corrida de longa distância, criar uma nova legislação e buscar financiamento para combater os casos de doping. Caso o país não cumpra as medidas propostas, o Quênia será automaticamente declarado um país que não atende o código da Wada e pode ficar de fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e outros grandes eventos. 

Em declaração, a Agência Mundial Antidoping disse que, embora "exista algum progresso" com a agência antidoping do Quênia, há "ainda trabalho necessário a ser feito". O país está no topo da tabela de medalhas no Campeonato Mundial de 2015, em Pequim, com sete medalhas de ouro, mas também está atolado com alegações de suborno de doping. 

Em agosto de 2015, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) anunciou que duas atletas do Quênia haviam sido flagradas em exames antidoping realizados no hotel em que a delegação do país estava hospedada antes do início da competição de Pequim. Joyce Zakari e Koki Manunga foram suspensas por quatro anos. Desde 2011, mais de 40 de seus atletas falharam em testes de drogas. 

FONTE: GLOBO ESPORTE