Publicada em 16/11/2017 às 07h28.
Barroso diz que política antidrogas do Brasil 'destrói vidas' e defende legalização da maconha
Artigo publicado nesta quarta-feira no jornal britânico traz ponto de vista do ministro do STF sobre as drogas.

Ministro sugeriu que a maconha seja tratada como o cigarro / Foto: ABr

Ministro sugeriu que a maconha seja tratada como o cigarro
Foto: ABr

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso criticou, em artigo publicado no jornal inglês The Guardian, nesta quarta-feira (15), a condução da política antidrogas no Brasil e defendeu a legalização da maconha no País. "Política existente só destrói vidas", escreveu.


Segundo o ministro, "a insanidade desta política é impressionante: destrói vidas, gera piores resultados para a sociedade, é caro e não tem impacto no tráfico de drogas. Somente a superstição, o preconceito ou a ignorância podem fazer com que alguém pense que isso é efetivo".


Em julgamento iniciado no STF sobre o assunto, Barroso já havia defendido o seu ponto de vista sobre a política antidrogas ao votar pela liberação da maconha para consumo próprio. "Eu votei por descriminalizar a posse da maconha para consumo próprio. O caso foi suspenso e não tem data para ser retomado (no STF). Eu também propus a abertura de um debate sobre a legislação sobre a maconha", esclareceu. "Por décadas, o Brasil tem adotado a mesma política antidrogas. Polícia, armas e inúmeras prisões. Não precisa ser um especialista para concluir o óbvio: a estratégia falhou", continuou Barroso.


Ainda conforme o ministro, "drogas são ruins, por isso o estado e a sociedade devem desencorajar o consumo, tratar os dependentes e reprimir o tráfico (...) nós deveríamos considerar a possibilidade de tratar a maconha como o cigarro: um produto lícito, regulado, vendido em alguns lugares, taxado e submetido restrições de idade e publicidade, alertando com notícias e campanhas que desencorajem o consumo".


Presidência

Por conta de outro artigo, publicado pelo jornalista brasileiro Elio Gasparai, o ministro emitiu uma nota à imprensa, nesta quarta-feira, desmentindo qualquer possibilidade de uma candidatura à presidência do País. "Gostaria de afirmar, de forma categórica, que eu vivo para pensar o Brasil e ajudar a aprimorar as instituições, mas sempre dentro da minha missão como professor e, circunstancialmente, como Ministro do STF. Em definitivo, asseguro que não passa pela minha cabeça qualquer projeto eleitoral", declarou.


 

JC Online
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