Publicada em 10/12/2017 às 15h42.
Com quatro equipes, Série A de 2018 será histórica para o Nordeste
Pela primeira vez desde que o Brasileirão começou a ser jogado com 20 clubes, o Nordeste será representado por quatro times na elite nacional.

Bahia e Sport (foto) estarão ao lado de Vitória e Ceará na Série A em 2018 / Reprodução/Bahia

Bahia e Sport (foto) estarão ao lado de Vitória e Ceará na Série A em 2018
Reprodução/Bahia
Heitor Nery
hnery@jc.com.br


A Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro de 2018 será histórica para o futebol nordestino. Com o acesso do Ceará e a permanência de Bahia, Sport e Vitória, o Brasileirão do ano que vem será o com maior participação de equipes da região desde que a fórmula dos pontos corridos foi adotada, em 2003. A última vez que quatro equipes nordestinas disputaram o Brasileiro foi em 2001, quando Sport e Santa Cruz estiveram na Série A junto com a dupla Ba-Vi. Nos pontos corridos, o recorde era de três representantes, algo que ocorreu em oito oportunidades: 2017, 2016, 2014, 2013, 2012, 2009, 2008 e 2007.


Além dos quatro nordestinos, irão disputar a Série A em 2018 onze clubes do Sudeste e cinco do Sul. As regiões Centro-Oeste e Norte não estarão representadas. Esta última, inclusive, com times tradicionais como Remo e Paysandu, ainda não teve nenhum representante desde que a Era dos Pontos Corridos passou a ser disputada por 20 clubes na elite nacional.


Ex-jogador do Santa Cruz e da seleção brasileira e atualmente comentarista do canal de TV por assinatura SporTV, Ricardo Rocha comemorou o fato de mais equipes da região disputarem a Série A no ano que vem. 


“O importante é que tivesse mais pela força que o Nordeste possui. Mas pelo menos não caiu ninguém e subiu mais um. Eu acho então que isso ajuda muito”, afirmou o ex-jogador.


O maior número de participantes nordestinos pode representar alguns benefícios para as equipes da região. Um deles é a redução do número de viagens. Com distâncias mais curtas para percorrer ao longo do campeonato, a tendência é que os atletas se desgastem menos no trajeto e possam ter melhores desempenhos dentro dos treinamentos e, consequentemente, mantenham um alto nível.


Para Ricardo Rocha, no entanto, os clubes nordestinos não devem utilizar as viagens como forma de justificar o desempenho nos campeonatos nacionais. Para ele, os clubes já deveriam estar acostumados com os trajetos. “O Brasil é grande. Todo mundo que joga já sabe que tem que viajar. Eu sou meio cansado com essa questão de logística. Se não aguenta viagens, então não joga. E eles têm que jogar. Ou então se não escolhe. O Sport esse ano jogou vários campeonatos, ganhou o Pernambucano e quase foi rebaixado. Então tem que fazer planejamento, ver as competições mais importantes e aí sim lutar”.


Um outro aspecto trazido por esse aumento de participação é o aquecimento do mercado local. Com a disputa da Série A representando um aumento das receitas, cada um dos quatro clubes terão um poder financeiro maior para investimentos em seus times, aumentando a disputa pela contratação de jogadores. Algo que pode influenciar nas folhas salariais.


A proximidade geográfica e a disputa de competições em comum também pode facilitar o trabalho de observação, adquirindo mais informações sobre a forma de cada um atuar e também testar o nível de seus elencos. O Sport, no entanto, terá que passar por essa etapa somente no Brasileirão, já que desistiu da disputa do Nordestão.


Confira o "Mapa da Bola" do Brasil em 2018

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