Publicada em 16/01/2018 às 06h39.
Médicos do Recife deflagram greve e convocam prefeito para reunião
Paralisação começa quinta. Categoria reclama da falta de negociação sobre campanha salarial e problemas de infraestrutura.

Médicos vêm realizando série de protestos

Médicos vêm realizando série de protestos

Foto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco

 

Alegando esperar há mais de dois meses sem qualquer resposta da prefeitura sobre a campanha salarial, os médicos da rede municipal do Recife cruzam os braços por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (18). A decisão, tomada na última sexta-feira (12), ocorre após o cumprimento do prazo legal de 72h e a comunicação à gestão da cidade. A greve irá afetar a rede ambulatorial, os Postos de Saúde da Família (PSF) e os Centros de Atenção Psicossocial.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, hoje cerca de mil médicos atuam no município, mas somente 50% irão para os postos garantir o funcionamento apenas de urgência, emergência e maternidades. Para aumentar a polêmica, a categoria está fazendo circular nas redes sociais e mídias impressas uma convocatória para conseguir audiência com o prefeito Geraldo Julio. 

“Tivemos várias rodadas de negociação. Começou ainda no primeiro trimestre de 2017. Os secretários de Saúde e Administração sempre educados e corteses, mas sem efetividade. Só escutam, mas não tem proposta nenhuma. Por isso esgotou. Se eles não têm proposta quem tem? O prefeito? Então vamos buscar o prefeito. Ou se dê autonomia para os secretários avançarem nas negociações”, criticou Tadeu Calheiros. Segundo dele, o último encontro com a gestão aconteceu em outubro do ano passado. 

Com a insatisfação na condução da campanha salarial se arrastando há meses, o Simepe iniciou uma série de paralisações relâmpago nos serviços, denuncias de irregularidades nas infraestruturas e mais recentemente cartas aberta a população. A última aponta que “não adianta Carnaval bonito, se o povo que necessita de saúde não tem” e ainda que “na guerra as condições de atendimento são melhores que as do município do Recife”. 

Na pauta da campanha da categoria são destaques: a volta integral dos vigilantes às unidades de saúde, a revisão de abastecimento de insumos, a requalificação de algumas unidades e o reajuste salarial de pelo menos 6%. “Estamos há quase 16 meses sem qualquer aumento e a proposta deles ainda é de 0%”, disse o presidente do sindicato. 

A Prefeitura do Recife, em nota, informou que realizou diversas reuniões de negociação com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e continua aberta ao diálogo. Os médicos servidores do município tiveram ganhos cerca de 10% acima da inflação desde 2013. Foram nomeados 767 novos médicos no período. Com relação às condições de trabalho, a Prefeitura realizou, em apenas cinco anos, R$ 200 milhões de investimentos nas unidades de saúde, o que é mais do que os dez anos anteriores.

 

 

Folha PE

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