Publicada em 12/03/2018 às 08h52.
Espetáculo 'O Boi Voador' encanta público durante festejos de 481 anos do Recife
Encenação ocorrida na noite deste domingo (11), no Centro, contou uma história pitoresca do período do domínio holandês, no século 17.

 

(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

 

Em meio aos festejos de 481 anos de fundação do Recife, o público que compareceu ao Marco Zero, no Centro, na noite deste domingo (11), aprendeu um pouco da história da cidade por meio do espetáculo "O Boi Voador". A encenação fez parte da programação para celebrar o aniversário da capital pernambucana, que segue até a segunda-feira (12), data da festa.


Com o casario do Bairro do Recife como cenário, o público se deslocou para acompanhar as cenas da peça e entender a passagem da história em que o conde Maurício de Nassau fez um boi "voar" na capital pernambucana, em pleno domínio holandês, no século 17.

 

(Foto: Marina Meireles/G1)


"É uma oportunidade maravilhosa de ensinar aos meus filhos um pouco da história da cidade", contou a arquiteta Patrícia Ataíde, que trouxe os filhos Clarisse Maria, 8, e Pedro Miguel, 11, ao Bairro do Recife.


Para quem não sabia da programação, o espetáculo foi uma surpresa. "Vim para curtir o domingo com a minha família e acabei ficando mais por causa dos meus filhos", explicou o médico Guilherme Lima.


Durante a encenação, feita no Marco Zero e no casario da Avenida Rio Branco, a peça buscou retratar o importante período da história de Pernambuco. "Sei que o boi vai voar, mesmo sem asa", comentou Guilherme Filho, de 9 anos, curioso para assistir à apresentação.

 

(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)


A peça

O fato narrado durante o espetáculo deste domingo aconteceu durante a inauguração da então Ponte do Recife, hoje conhecida como Ponte Maurício Nassau. De alto custo, o serviço demorou a ficar pronto e teve investimento pesoal do conde Nassau.


Em 28 de fevereiro de 1644, o conde prometeu fazer um boi voar sobre a ponte. Na hora marcada, um animal feito de couro empalhado, surgiu no ar, amarrado em cordas e movido por roldanas. Na festa, Nassau cobrou pedágio e faturou muito dinheiro.

 

 (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)


Dirigida por José Pimentel e Ruy Aguiar, a peça teve seis cenas: duas no chão, caminhando pela rua, com o público; uma no palco, montado na frente da Associação Comercial; outra na sacada do Espaço Cultural Santander; e mais uma na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Dona Maria César.

 

(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)


A encenação, com 45 atores, também reproduziu o encontro de Nassau com os pintores Frans Post e Ekaut. Um narrador costurou o enredo, localizando os fatos historicamente.


Albert Eckhout (1610-1666) retratou os índios no Nordeste brasileiro. Frans Post é considerado o mais relevante artista neerlandês a serviço de Nassau na comitiva que o acompanhou ao Nordeste do Brasil em meados do século 17.


Após a encenação, a programação do anivesrário seguiu com um cortejo de agremiações típicas do carnaval pernambucano. Desfilaram grupos de maracatu, bonecos gigantes, blocos líricos e bois.

 

 (Foto: Marina Meireles/G1)


Maurício de Nassau


O conde Maurício de Nassau nasceu na Alemanha, em junho de 1604, e morreu em 20 de dezembro de 1679. Foi conde e príncipe de Nassau-Siegen, um Estado do Sacro Império Romano-Germânico.


No Recife, o período do domínio holandês ocorreu entre 1637 e 1644. Na capital de Pernambuco, Nassau decretou a liberdade de culto religioso, documentou, de forma pioneira, a paisagem da cidade e criou jardim botânico, zoológico e obsertavório astronômico.


Também construiu a primeira ponte da América Latina e executou transformações urabanísticas. O governo holandês chegou ao fim com o proceso da Restauração Pernambucana.

 

 

 

G1

 

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