"Cirurgia perfeita! Obrigado, Papai do Céu! Mais uma etapa cumprida", foi assim que o advogado Miguel Filho, 46 anos, pai de Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5, comemorou em uma rede social o sucesso do procedimento cirúrgico pelo qual sua filha passou nesta quarta-feira (21).

De acordo com uma prima da menina, a cirurgia, realizada no Hospital Santa Joana, na área central do Recife, durou aproximadamente quatro horas, acabando por volta das 18h30. Ela segue em observação.

Miguel Filho também utilizou o Facebook para agradecer a todos que participaram de uma "grande corrente de orações" pela recuperação da menina.

A boa notícia repercutiu na rede social, gerando comentários emocionados de diversas pessoas, incluindo quem só acompanhou o caso pela imprensa. "Não conheço a família, mas me envolvo desde o dia do acidente. Sofro pela dor deles. Tenho fé na recuperação de Marcelinha e sei que o milagre acontecerá", disse uma usuária do Facebook identificada como Sandra Borges.

Contatado, o Hospital Santa Joana informou que não se posicionaria nesta quarta-feira (22) sobre o procedimento.

Doação de sangue

Antes da realização da cirurgia, parentes levantaram uma campanha de doação de sangue para a menina. A quantidade necessária foi adquirida, mas para ajudar outras pessoas que precisam de doações, a família permaneceu divulgando a campanha.

"A verdade é que já conseguimos a quantidade de sangue necessária, porém a comoção pública no caso de Marcelinha está ajudando o banco de sangue a se reabastecer", disse uma das primas de Miguel Filho, pai da menina. 

Marcela estava continuando o tratamento em casa. Segundo o pai, Miguel Filho, a rotina mudou bastante. "Ela acompanha as pessoas passando ao lado. Vozes, barulho, ela acorda com barulhos perto dela. Mas eu creio que ela ainda não reconheça, é uma coisa muito subjetiva. Só quando ela acordar, saberemos disso", disse o pai. A pequena teve alta no último mês de janeiro.

Acidente

Marcela ficou gravemente ferida no acidente que aconteceu no dia 26 de novembro na Tamarineira. João Victor Ribeiro estava alcoolizado e conduzia um Ford Fuzion em alta velocidade. Ao avançar o sinal vermelho, ele atingiu o carro onde estavam as vítimas. João Victor teve pedido de prisão domiciliar negado pelo Ministério Público de Pernambuco.

No acidente, três pessoas morreram, incluindo a mãe de Marcela, Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o irmão da garota, Miguel Neto, 3 anos, e a babá, Roseane Maria de Brito, 23 anos, que estava grávida de três meses.

JC