(Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo)

O aplicativo de monitoramento de crianças e adolescentes TeenSafe, disponível para Android e iPhone (iOS), foi alvo de um vazamento de dados de pais e filhos. “Dezenas de milhares de contas” foram expostas, de acordo com o portal especializado ZDNET. Ele afirma que as contas de email e senhas das crianças – muitas relacionadas com a Apple ID – estão entre o conteúdo sensível.

O programa de controle parental envia regularmente aos pais mensagens de texto trocadas pelos filhos, sua localização, relatórios de chamadas realizadas, histórico de navegação da web e ainda quais aplicativos eles instalaram. Para isso, o TeenSafe precisa armazenar e ter o controle de diversos dados dos celulares dos adolescentes, inclusive as senhas da conta da Apple.

O pesquisador de segurança britânico Robert Wiggins foi quem encontrou o problema. Segundo ele, o vazamento ocorreu depois que a empresa hospedou as informações nos computadores em nuvem da Amazon, porém sem nenhuma proteção, permitindo que o material fosse acessado por qualquer pessoa. Os registros não continham fotos, mensagens ou localizações por GPS de pais e filhos.

Utilizando os dados vazados pelo próprio aplicativo, a ZDNET entrou em contato com alguns usuários por meio do Apple Mensagens (também chamado de iMessage) para confirmar suas senhas. Diversos pais de crianças que usam o aplicativo responderam ao portal confirmando que aqueles eram mesmo suas senhas e emails, ou que elas foram trocadas recentemente – cerca de um mês antes.

(Foto: Divulgação/TeenSafe)

Depois que a ZDNET alertou a empresa, um porta-voz do TeenSafe confirmou a falha e disse que o problema já estava sendo solucionado. "Nós tomamos medidas para fechar um dos nossos servidores ao público e começamos a alertar os clientes que poderiam ser impactados", disse o funcionário. Os dois servidores já foram desconetados e o veículo não afirma se dados de usuários de Android também foram afetados pelo vazamento.

O TeenSafe diz ter cerca de um milhão de pais ativos e não está disponível em português. O aplicativo custa, em média, US$ 14,95 nos Estados Unidos – cerca de R$ 54 na cotação atual.

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