Publicada em 08/06/2018 às 10h42.
Alagoas tem 50 municípios em estado de alerta e 12 sob risco de surto de dengue, zika e chikungunya
Maceió é um dos municípios em alerta; apenas 40 têm Índice de Infestação Predial (IIP) satisfatório.

 (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

 

Alagoas tem 50 municípios em alerta e 12 sob risco de surto de dengue, zika e chikungunya, de acordo o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (7).


Para avaliar a situação, é considerado o Índice de Infestação Predial (IIP). O pior quadro é quando este índice está acima de 4,0. Os municípios com risco de surto são:


Coité do Nóia (4,2)


Japaratinga (4,3)


Teotônio Vilela (4,3)


Satuba (4,4)


Ouro Branco (5,4)


Arapiraca (5,5)


Major Izidoro (5,8)


Estrela de Alagoas (6,2)


Craíbas (7,1)


Igaci (7,6)


Taquarana (7,9)


Jaramataia (15,8)


Maceió é um dos municípios que estão em estado de alerta, com IIP de 1,7.


Com relação aos números absolutos de casos confirmados dessas doenças, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostra que houve queda na comparação entre os meses de janeiro a maio deste ano e do ano passado.


Ao todo, foram 818 casos de dengue neste ano, contra 1.304 do ano passado. De zika, foram 62 em 2018, e 83 em 2017. Por fim, foram 51 casos de chikungunya neste ano, e 225 no ano passado.


Os resultados apontam para a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor destas doenças, mesmo durante o outono e o inverno.


Os dados mostram ainda que houve um aumento no número de municípios em alerta e sob risco de surto no estado. O mesmo levantamento divulgado em novembro do ano passado mostrava que eram 35 municípios alagoanos em situação de alerta e 11 em risco.


Ao G1, o supervisor de endemias da Sesau, Paulo Protásio, disse que os municípios estão monitorando todos os casos das doenças, e o nível de infestação. Ações pra reduzir esses índices já estão sendo sendo realizadas.


"A Sesau monitorou, desencadeou ações com as prefeituras e publicizou essas informações para que a população ajude no trabalho de de redução dos focos desses insetos. Os municípios monitoram, com suas equipes de endemias, essas situações e fazem visitas periódicas, de casa em casa. A secretaria fortalece e intensifica esse trabalho", explica Protásio.



A apuração atual tem como base informações colhidas entre janeiro e março. Em todo o país, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas três doenças. Destes, 1.153 cidades (22%) apresentaram um alto índice de infestação, com risco de surto.


Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.069 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.711 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%.


Entre as capitais, 21 realizaram o Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa). Dessas, duas estão em risco: Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC).


Além de Maceió, outras 15 estão em alerta: Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Palmas (TO), Salvador (BA), Teresina (PI), Recife (PE), Brasília (DF), Vitória (ES), São Luis (MA), Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM) e Goiânia (GO).


Apenas São Paulo (SP), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE) estão com índice satisfatório.


As capitais Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Campo Grande (MS) não enviaram informações. Os municípios de Natal (RN) e Porto Alegre (RS) realizaram levantamento por armadilha.

 

 

G1

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