Foto: Fundarpe/Divulgação
O terreiro Ilê Obá Ogunté Sítio de Pai Adão foi reconhecido, nesta quinta-feira (20), como Patrimônio Cultural do Brasil. O título concedido ao terreiro localizado no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife, foi concedido, de forma unânime, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A reunião onde foi tomada a decisão ocorreu no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. De acordo com o Iphan, o Sítio de Pai Adão foi um dos primeiros terreiros de Xangô em Pernambuco, fundado em 1875 pela nigeriana Ifátinuké. No Brasil, ela também atendia pelo nome de Inês Joaquina da Costa, ou simplesmente Tia Inês.
Ainda segundo o instituto, Ifátinuké era originária da cidade de Oyó e veio ao Brasil junto com seu companheiro, João Otolú, e outros negros africanos. As terras compradas pelos nigerianos deram origem ao terreiro, inicialmente chamado de Obá Omi, expressão que significa "Iemanjá", um dos orixás celebrados pelas religiões de matriz africana.
Posteriormente, o terreiro recebeu o nome de Pai Adão em homenagem a um dos sacerdotes e maiores propagadores da cultura nagô na capital pernambucana. Durante a vida, Adão ajudou a fundar novos terreiros e alcançou respeito entre o povo de terreiro e os estudiosos dos xangôs em Pernambuco.
Foto: Oton Veiga/TV Globo
Literatura de cordel
Na quarta-feira (19), a literatura de cordel foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. O título também foi concedido por unanimidade pelo Iphan, em reunião que ocorreu no Rio de Janeiro, com presença de representantes do Ministério da Cultura e da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
G1