Em pleno século 21, falar de sífilis parece algo fora de lugar para as gerações mais novas, bombardeadas por informações relacionadas à Aids. Infelizmente não é. Os registros da doença aumentaram nos últimos anos, elevando o alerta da Secretaria Estadual de Saúde, que ontem realizou seminário específico para profissionais de saúde bucal ligados ao SUS.
No estado, os casos quase triplicaram em três anos. O percentual foi de 152% se comparado 2014 a 2015 e de 103%, de 2015 a 2016. E o pior, a doença, um dos males sexualmente transmissíveis mais antigos do mundo, continua deixando sequelas graves e matando. Relatório do Ministério da Saúde indica que 207 pessoas morreram vítimas da doença, no estado, de 1998 a 2016, quando se anotou 15 mortes.
Entre as vítimas, crianças, contaminadas pelas mães. A taxa de mortalidade infantil por sífilis congênita em 2016 no foi de 10,3 por 100 mil nascidos vivos em Pernambuco, superior a média nacional e atrás somente às taxas do Acre, do Mato Grosso do Sul e do Rio de Janeiro. Portanto, seminários como os de ontem são indispensáveis.
DP