Publicada em 16/10/2018 às 11h11.
TSE determina remoção de vídeos em que Bolsonaro cita 'kit gay'
Em postagens, candidato do PSL diz que livro 'Aparelho sexual e cia.' integraria material a ser distribuído a escolas públicas na época em que Haddad.



BRASÍLIA - O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a remoção de seis postagens no Facebook e no YouTube em que o candidato do PSL à Presidência da RepúblicaJair Bolsonaro, faz críticas ao livro “Aparelho sexual e cia.” e afirma que a obra integraria material a ser distribuído a escolas públicas na época em que Fernando Haddad (PT) comandava o Ministério da Educação.


No vídeo, Bolsonaro afirma que o livro é “uma coletânea de absurdos que estimula precocemente as crianças a se interessarem pelo sexo”.  “No meu entender, isso é uma porta aberta para a pedofilia”, diz o candidato do PSL, que afirma que “esse é o livro do PT”.


Em nota, o Ministério da Educação (MEC) já afirmou em diversas oportunidades que não produziu, nem adquiriu ou distribuiu “Aparelho Sexual e cia.”, esclarecendo que o livro é uma publicação da editora Cia. das Letras publicada em 10 idiomas.

 

 

TSE determina que Facebook e YouTube removam vídeos de Bolsonaro sobre suposto “kit gay”
TSE determina que Facebook e YouTube removam vídeos de Bolsonaro sobre suposto “kit gay”. Foto: Companhia das Letras


“É igualmente notório o fato de que o projeto ‘Escola sem Homofobia’ não chegou a ser executado pelo Ministério da Educação, do que se conclui que não ensejou, de fato, a distribuição do material didático a ele relacionado. Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor”, concluiu Horbach.


Os advogados do PT afirmam que, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 28 de agosto, Bolsonaro mentiu e difundiu a falsa ideia de que o livro "Aparelho Sexual e Cia" seria distribuído em escolas públicas. 


O candidato vem proferindo esta grave mentira há mais de anos. A informação de que o livro seria distribuído em escolas públicas começou a ser difundida por Bolsonaro no dia 10 de janeiro de 2016 através de um vídeo que publicou no Facebook", observa a coligação de Haddad.


“KIT GAY”


Em outra representação, o ministro negou um pedido do PT para remover uma entrevista de Bolsonaro concedida ao programa “Pânico”, na qual o deputado federal faz referência ao material didático do projeto “Escola sem homofobia” como sendo o “kit gay”, atribuindo a responsabilidade pela sua elaboração a Fernando Haddad.


“É possível concluir que os representantes buscam impedir que o candidato representado chame o material didático do projeto ‘Escola sem Homofobia’ de ‘kit gay’. Tal pretensão, caso acatada pelo Poder Judiciário, materializaria verdadeira censura contra o candidato representado, que estaria impedido de verbalizar, de acordo com suas concepções, críticas à gestão do concorrente à frente do Ministério da Educação”, observou Horbach. 


O Estadão
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