Foto: Alepe/Divulgação
Deflagrada nesta quarta-feira (31), a segunda fase da Operação Abismo tem como um dos 10 alvos dos mandados de busca e apreensão a empresa Transwinter – transportadora de propriedade do prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), preso na primeira fase da operação desencadeada no dia 19 de outubro. Uma fonte do Blog de Jamildo ouviu relatos de funcionários que informaram que não estão podendo entrar na empresa, enquanto cerca de 15 agentes da Polícia Federal estão mobilizados no cumprimento do mandado.
A nova fase tem o objetivo de colher mais provas dos crimes investigados relacionados ao desvio de recursos do instituto de previdência do Cabo de Santo Agostinho, o CaboPrev. Além da transportadora, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva, sendo nove em Pernambuco (Cabo, Distrito Industrial de Suape, Porto de Galinhas, Reserva do Paiva, Recife e Jaboatão dos Guararapes) e um em Goiás. A prisão preventiva é de um empresário em Goiás. 80 policiais federais participam da ações.
De acordo com as investigações, que correm em segredo de justiça, Lula Cabral teria supostamente ordenado a transferência de mais de R$ 90 milhões do instituto – que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos de investimento que colocavam em em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município. Ainda de acordo com a PF, Lula Cabral teria feito uma ingerência indevida na administração da CaboPrev motivado pelo oferecimento de de vantagem indevida.
Com a prisão de Lula Cabral, o vice-prefeito, Keko do Armazém (PDT), assumiu a gestão do Cabo. Na manhã do dia 22, o pedetista reuniu o secretariado “com objetivo de seguir com o planejamento da gestão municipal”. “Comunicamos que todos os serviços públicos serão prestados dentro da normalidade. O município apoia e está à disposição do Judiciário para todos e quaisquer esclarecimentos”, afirmou a prefeitura em nota.
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