Publicada em 25/11/2015 às 10h27.
Região Nordeste tem a maior taxa de desemprego do país
Pesquisa mostra que região tem taxa de desemprego de 10,8% contra o índice nacional, de 8,9%
A crise no mercado de trabalho se aprofunda no país e atinge com maior força o Nordeste. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), divulgada ontem pelo IBGE mostra que o desemprego cresceu em 22 das 27 unidades da federação, aumentando em 2,2 milhões o contingente total de 8,9 milhões de desempregados no terceiro trimestre (julho-agosto-setembro). A taxa total de desocupação de 8,9% foi a maior registrada desde 2012. Os nordestinos foram os mais afetados com o desemprego atingindo o patamar de 10,8%. Em Pernambuco, a taxa ficou em 11,2%, elevando o grupo de desocupados para 468 mil pessoas. 

Pela primeira vez na série da PNDA Contínua, o IBGE apresenta o recorte das regiões metropolitanas e capitais. Comprova que o trabalhador brasileiro sofre com a recessão e a deteriorização da economia. Das 27 capitais, 14 tiveram o aumento da desocupação, sendo quatro delas no Nordeste (São Luiz, Fortaleza, Natal e Salvador). Um dado positivo em Pernambuco é que a taxa de desemprego do Recife (5,6%) é a segunda menor das capitais no terceiro trimestre. Enquanto Salvador lidera, com a maior taxa de desemprego de 16,1%. Entre as regiões metropolitanas do Nordeste, Salvador, Natal e São Luiz têm as maiores taxas de desocupação do país. Na RMR, a taxa é de 10,2%.

Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, diz que o aumento do desemprego não foi provado pela queda da ocupação, mas pela maior pressão de pessoas em busca de emprego. “As pessoas que estavam fora do mercado começaram a pressionar mais por emprego e a buscar outras formas de inserção.” Ele destaca o aumento de 28% do emprego por conta própria no terceiro trimestre, empurrando 966 mil pessoas para os postos de trabalho mais precários e sem proteção social. 

Segundo o técnico do IBGE, o aumento da desocupação teve maior peso na indústria geral, com a perda de 519 mil postos no comparativo anual e de 223 mil no trimestre. Pernambuco seguiu a tendência, com a perda de 31 mil vagas na indústria no terceiro trimestre. Enquanto o comércio apresentou desempenho positivo, com a criação de 25 mil vagas no trimestre e 52 mil no ano. “A indústria demite e as pessoas migram para o comércio, atividade mais aderente à informalidade.”  

Do lado do rendimento, o trabalhador teve perdas no curto prazo e no longo prazo. A renda média dos ocupados em Pernambuco passou de R$ 1.603 no terceiro trimestre de 2014 para R$ 1.419 no terceiro trimestre de 2015. “O rendimento médio caiu porque houve o aumento da nova forma de inserção por conta própria e ganhando menos”, sintetiza.

FolhadePE
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