Publicada em 29/11/2015 às 07h47.
Projetos para preservar o passado, melhorar o presente e futuro
As primeiras iniciativas, as bikes compartilhadas, foram um sucesso, do ponto de vista de influência social.

O Porto Digital é um verdadeiro celeiro de ideias, como só um parque tecnológico poderia ser. Ao todo, são mais de 51 projetos desenvolvidos, em desenvolvimento ou planejados - todos muito diversificados, mas alguns chamam atenção por diferentes motivos. Um dos projetos é o conjunto de soluções apresentado pelo Porto Leve, com serviços voltados para a mobilidade urbana - em especial, na área central do Recife, onde fica localizado o Porto Digital. As primeiras iniciativas, as bikes compartilhadas, foram um sucesso, do ponto de vista de influência social. “As bicicletas levaram à criação das ciclofaixas na Cidade e ainda foram expandidas para mais de 70 estações”, conta a gerente de projetos do Porto Digital, Cidinha Goulveia.

 

Bicicletas compartilháveis ganharam as ruas com projeto

 

E é esse mesmo resultado que o parque quer almejar com os três carros elétricos, em sistema de carsharing - atualmente com cinco estações e aberto ao público. “Um dos problemas no Recife e outras cidades do mundo é a mobilidade. Então pensamos em usar diferentes modais com qualidade para que os funcionários e usuários tenham mais opções para se locomover”, informa. Considerado o pioneiro no Brasil, o sistema permite que o usuário compartilhe a viagem com outro passageiro para economizar - tornando a ideia ainda mais sustentável. 


O Porto Leve ainda tem outras funções: encontrar vagas de estacionamento disponíveis nas ruas do Bairro do Recife, paradas de ônibus e o Zona Azul Eletrônica - entretanto, o convênio com a Prefeitura chegou ao fim e o serviço será descontinuado em dezembro. As soluções servem tanto para funcionários das empresas ligadas ao Porto Digital quanto a população em geral, que também tem acesso a outro projeto: o Portomídia.


 

Localizado em um prédio no Cais do Apolo, o Portomídia é uma ação que pretende colocar o Recife no mapa internacional da chamada economia criativa - um conceito que envolve modelos de negócio ou gestão ligados a atividades, produtos e serviços com base em conhecimento, criatividade ou capital intelectual. A estratégia da iniciativa engloba criar um polo baseado em quatro pilares: experimentação, exibição, educação e empreendedorismo para as áreas de multimídia, games, cinema, design, música e fotografia. São laboratórios e estúdios abertos para produtores independentes, uma galeria imersiva para que o público possa vivenciar o produto exposto e a incubadora para empresas. “É um estímulo para a indústria cultural no Recife, um incentivo para quem faz e para quem está aprendendo. Desde 2013, já realizamos 75 palestras e 72 cursos até agora”, revela.

 

Portomídia é aposta em economia criativa

 

A restauração do prédio que abriga o Portomídia faz parte de outro projeto do Porto Digital, que tem feito uma requalificação nos imóveis históricos do Bairro do Recife e áreas próximas. Até agora, o parque tecnológico tem 120 mil metros quadrados requalificados - são 14 prédios no total, sendo seis atualmente em obras. “Precisamos reformar e preservar. Antigamente, era um bairro marginalizado e agora tem mais de 250 empresas, com 7 mil pessoas trabalhando. O Porto Digital transformou essa região”, afirma Cidinha.


Qualificação


O Porto Digital ainda realiza um projeto constante de qualificação de capital humano. A ideia é elevar o nível das pessoas capacitadas para trabalhar nas empresas do parque, com parcerias feitas com universidades e instituições de ensino para cobrir a lacuna entre a academia e as expectativas do mercado. “Como as atualizações são muito constantes no âmbito da tecnologia, as universidades não conseguem acompanhar as novidades. Então ficamos de olho nas necessidades das empresas e o que é oferecido pelas faculdades, para assim facilitar a imersão dos funcionários”, conta. O total de capacitados pelo Porto chega a 10 mil pessoas na área de Tecnologia da Informação e Comunicação, gestão de projetos, inglês e economia criativa, sendo 3 mil diretamente pelo programa do Porto e os outros 7 mil através de parceiros.


Interior


O Porto Digital tem a pretensão de ser cada vez mais relevante no mercado internacional, mas também quer se expandir para o Interior. “Abrimos um polo em Caruaru com máquinas e equipamentos de alta performance voltados para o polo têxtil, característico da região. É como uma mini unidade do Porto”, diz Cidinha. Chamada de Armazém da Criatividade, a unidade avançada ainda tem previsão de inauguração em Petrolina em 2017.


FONTE: FOLHAPE

 

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