Publicada em 23/05/2024 às 08h34.
Pernambuco registra os primeiros casos da Febre Oropouche, informa SES; saiba como se prevenir
Amostras dos exames identificaram um homem e uma mulher de Rio Formoso, município da Mata Sul de Pernambuco, com a doença

Pernambuco tem primeiros casos da Febre Oropouche / Foto: Divulgação.   


Nesta quarta-feira (22), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou que foram identificados os primeiros casos da Febre Oropouche no Estado. 


O resultado foi apontado pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE), que reforça o alerta para a importância da vigilância epidemiológica nas ações de prevenção e conscientização da população.

 

Esta arbovirose é endêmica da região Norte do País, não sendo comum a incidência da doença em outros territórios.

 

O vírus oropouche isolado foi identificado nas amostras de exames realizados em dois pacientes, uma mulher de 45 anos e um homem de 35 anos, ambos residentes no município de Rio Formoso, município da Mata Sul de Pernambuco.

O diagnóstico foi feito na estratégia de testagem de 10% dos resultados negativos para outras arboviroses realizadas pelo Lacen-PE, após receber os kits diagnósticos do Ministério da Saúde (MS). 


A doença é causada pelo vírus Oropoucheum arbovírus do gênero orthobunyavirus. Ela é transmitida aos humanos, principalmente, pelo mosquito do gênero culicoides, popularmente conhecido como muriçoca ou pernilongo.

Os sintomas são semelhantes aos da dengue, como febre, cefaleia intensa, dor retro-orbitária e mialgias, comum às arboviroses, porém até hoje não existe registro de óbito causado pela doença. 

 

Equipes da Diretoria Geral de Vigilância Ambiental e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) estarão no município de Rio Formoso, nesta quinta-feira (23), para proceder com as investigações e construir medidas específicas de controle e risco dos mosquitos transmissores.


De acordo com o diretor de vigilância ambiental, Eduardo Bezerra, alguns hábitos podem ajudar a prevenir a exposição à febre Oropouche e é importante que a população adote essas ações até que outras recomendações sejam passadas. 

 

“Apesar do enfrentamento ser um pouco mais complexo que a dengue, por exemplo, medidas como evitar áreas onde há muitos mosquitos, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele, além de manter a casa e o entorno limpos, uma vez que a muriçoca tem preferência por águas mais sujas”, alertou Eduardo Bezerra.



FONTE: FOLHA PE.



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