Publicada em 27/05/2024 às 09h10.
Ronnie Lessa diz em delação à PF que lucraria R$ 100 milhões com a morte de Marielle Franco
Segundo ele, os irmãos Brazão, teriam oferecido um loteamento no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste carioca, como parte do acordo.
Lessa foi preso em 2019 pelo assassinato de Marielle Franco / Foto: Divulgação.
Em revelação, o ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa afirmou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que um acordo envolvendo os irmãos Brazão estava avaliado em cerca de US$ 10 milhões. Lessa é acusado de ser o atirador responsável pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.
Segundo Lessa, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), deputado federal, teriam oferecido um loteamento no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste carioca, como parte do acordo.
“Não é uma empreitada para você chegar ali, matar uma pessoa e ganhar um dinheirinho. Não”, disse Lessa aos policiais. O vídeo da delação premiada do ex-policial militar foi revelado pelo programa Fantástico neste domingo (26/5).
Ronnie Lessa durante delação à PRF / Foto: g1.
Lessa detalhou que Chiquinho e Domingos Brazão são os mandantes do assassinato de Marielle Franco. Ainda segundo o ex-policial, os irmãos Brazão teriam prometido a ele e a Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, um loteamento clandestino na zona oeste do Rio, que teria um valor futuro milionário.
“Era muito dinheiro envolvido. Na época, ele falou em R$ 100 milhões, que realmente, as contas batem. R$ 100 milhões o lucro dos dois loteamentos. São 500 lotes de cada lado”, enfatizou Lessa.
“Ninguém recebe uma proposta de US$ 10 milhões simplesmente pra matar uma pessoa. Uma coisa assim impactante”, completou.
FONTE: PORTAL NOVA MAIS.
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