Sede do Instituto Federal de Pernambuco (Campus Paulista) / Foto: Divulgação.
Em assembleia nesta sexta-feira (28), os
professores e servidores técnico-administrativos do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFEPE) decidiram encerrar a greve
da categoria. Segundo o Sindicato dos Servidores dos Institutos Federais de
Pernambuco (Sindsifpe), a paralisação segue até quarta-feira (3) e as aulas já
podem ser retomadas a partir de quinta-feira (4).
O
calendário de retorno às atividades será definido pela direção de cada um dos
16 campi da instituição no estado em conjunto com a categoria.
A
assembleia contou com a participação de 150 votantes. Segundo o Sindsifpe,
foram 82 votos pelo encerramento da greve nos dia 3 de julho; 39 presentes
votaram pelo encerramento do movimento no dia 1º; e houve uma abstenção.
A
reunião foi realizada no campus da instituição localizado no bairro da Várzea,
na Zona Oeste do Recife. O IFPE é a última instituição federal do estado a
encerrar a paralisação, depois da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE),
da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Instituto Federal do Sertão
(IFSertãoPE).
Os
profissionais da educação estão em greve desde abril, quando aderiram a
uma mobilização em todo o país. No domingo (23), o comando nacional do movimento
grevista decidiu atacar a última proposta do governo federal e, desde
então, os sindicatos locais vêm encerrando as paralisações nos estados.
Na
quinta-feira (27), a greve foi encerrada na UFPE, com retorno das aulas
marcado para 8 de julho. Já na UFRPE, os docentes resolveram encerrar a
paralisação a partir de 1º julho.
A
última rodada de negociações aconteceu em 14 de julho. Entre as reivindicações
atendidas pelo governo no acordo com a categoria, estão:
Recomposição
parcial do orçamento das instituições federais;
Revogação
da portaria nº 983/2020 do MEC, que estabelece carga horária mínima de 15 horas
semanais de aula para professores das escolas técnicas;
Revogação
da Instrução Normativa nº 6 de 2022: que limita a progressão funcional;
Destinação
de 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas;
Implementação
de reajuste de benefícios (auxílio alimentação, saúde suplementar e creche)
Aumento
do reajuste linear de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025, e 3,5%, em
maio de 2026.
Quatro dias depois de o governo enviar a proposta, os professores do IFPE, em assembleia local, chegaram a votar pela manutenção da greve, mas foram vencidos na votação nacional realizada no domingo (23).
FONTE: G1 PERNAMBUCO.