Balotelli, representante pernambucano nas Olimpíadas de Paris 2024 / Foto: COB.
Aos 25 anos, o pernambucano José
Fernando Ferreira Santana conhecido como Balotelli,
está se preparando para sua estreia nas Olimpíadas em Paris.
Natural de Pesqueira, no agreste do Estado, o atleta da
modalidade decatlo expressou sua frustração ao receber o material esportivo da
seleção brasileira para o evento, composto apenas por três
peças de roupas.
"Vocês
não tem ideia do quanto foi broxante receber o material da seleção. Sempre
achei que nas Olimpíadas receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas
e sapatilhas, mas parece que não é bem assim para nós", publicou o atleta
em seu perfil na rede social X.
Com o desafio da falta de patrocínio
nos Jogos de Paris, o pernambucano desabafou nas redes sociais
ao perceber que terá que arcar com os custos de alguns materiais utilizados durante as provas,
como os pares de sapatilhas.
À Folha de Pernambuco, o atleta havia revelado o valor de
cada par, que varia entre R$ 800 e R$ 1,2 mil.
"Eu faço a prova do decatlo, onde utilizo sete sapatilhas de modelos diferentes, cada uma para prova específica. Estou indo para os Jogos Olímpicos sem patrocínio de marca esportiva, ou seja, vou investir do meu dinheiro para comprar as sapatilhas, sei que vai me ajudar muito", pontuou.
Balotelli
também fez uma comparação com um kit de material esportivo recebido por um
atleta da delegação espanhola, que incluía uma variedade de uniformes, tênis e
outros acessórios.
À Folha de Pernambuco,
um representante do Comitê Olímpico do Brasil (COB) afirmou que "todos os
atletas da delegação brasileira recebem da entidade, ao chegarem em Paris, uma
mala e kit de uniformes e acessórios da marca Peak, patrocinadora e fornecedora
de materiais esportivos do Comitê."
O COB também pontuou que os uniformes de treino e competição são fornecidos pelos patrocinadores de cada confederação.
O
decatlo
Tendo o pernambucano como representante, o decatlo
consiste na soma de dez modalidades a serem disputados no período de dois dias: 100
metros rasos; salto em distância, arremesso de peso, salto em altura, 400
metros rasos (1º dia); 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com
vara, lançamento de dardo, 1500 metros (2º dia).
Outros casos
O caso de Balotelli não foi o único. No último domingo
(21), a atleta do lançamento de disco, Izabela Rodrigues da
Silva, também publicou um desabafo sobre os uniformes entregues
pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), em parceria com a Puma.
Segundo Izabela, ela recebeu roupas
masculinas por falta de peças femininas de tamanho G, com a
justificativa de que não haveria numerações maiores que M nos uniformes
femininos.
“Estou
bem chateada, porque pedi algumas peças masculinas, e eles me deram todas”. Já
as femininas, não me deram nada.
Recebi 19 peças, contando com a mochila e os bonés, e o feminino ganhou 30 peças. Sabe como isso é triste? Pegar seu uniforme para a competição e fazerem uma dessas, falando que não tem numeração? Um top vai até o M. Eu acho que não dá nem para rir de nervoso, de tanta tristeza. Só porque eu sou um pouco maior, e daí? Pede um pouco maior", pontuou a atleta.
FONTE: FOLHA PE.