Publicada em 28/10/2024 às 08h54.
Abstenção chega a 29% no segundo turno das eleições municipais, informa TSE
Número de eleitores faltantes cresce em relação ao primeiro turno e a situação gera preocupação na Justiça Eleitoral

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia . 


 As eleições municipais no Brasil ocorreram neste domingo (27) de maneira tranquila, conforme declarou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia. Apesar disso, o alto índice de abstenção — com 29% dos eleitores faltando às urnas — acende o alerta entre as autoridades eleitorais.


Esse número representa um aumento considerável em relação ao primeiro turno, que registrou uma média de 21% de eleitores ausentes.


O cenário foi particularmente marcante em São Paulo, onde 31% dos eleitores não compareceram para votar, refletindo uma tendência crescente de afastamento do eleitorado, que também pôde ser observada em eleições anteriores. Em 2020, a abstenção média no segundo turno foi de 31%, segundo dados do TSE.


A ministra Cármen Lúcia, que acompanhou as operações de segurança e monitoramento no TSE e na sala de controle da Polícia Rodoviária Federal, afirmou que o TSE seguirá com análises e relatórios dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para entender melhor as causas da ausência dos eleitores.


"Queremos saber o que influenciou essa abstenção, se houve um grupo específico, um perfil mais comum, uma região ou até fatores climáticos que impactaram o comparecimento às urnas", comentou Cármen Lúcia. A ministra destacou ainda a importância da “monotonia democrática” — expressão que utiliza para simbolizar a paz e a estabilidade no processo eleitoral.


A situação de abstenção chama atenção para possíveis ações de conscientização e mobilização do eleitorado nas eleições de 2026, segundo o TSE. Além disso, as condições climáticas, como as chuvas intensas e a estiagem, que afetaram principalmente a região Norte, foram pontuadas pela ministra como questões a serem analisadas para minimizar os obstáculos ao comparecimento em próximas eleições.


Ocorrências Policiais e Segurança Eleitoral


Ao longo do segundo turno, 33 pessoas foram presas por delitos relacionados ao pleito, com seis prisões ocorrendo no Rio de Janeiro. Segundo dados divulgados pela Polícia Federal, os crimes investigados incluíram propaganda eleitoral irregular e compra de votos, resultando na apreensão de valores e bens que somam R$ 65.870. Ao longo de 2024, o total de bens apreendidos foi de R$ 54,9 milhões, incluindo R$ 24,1 milhões em espécie.


A presidente do TSE também reforçou a importância da integração entre o tribunal e as forças de segurança nacionais, com o objetivo de prevenir e reprimir crimes eleitorais. Autoridades da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério da Defesa, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Polícias Militares participaram das operações de monitoramento e segurança em 51 municípios que sediaram o segundo turno.


Próximos Passos


A ministra Cármen Lúcia ressaltou que as análises e os relatórios regionais serão apresentados em breve para que o TSE compreenda o comportamento dos eleitores e as possíveis causas da alta abstenção. “Retomaremos amanhã o trabalho de análise dos dados para garantir que em 2026 possamos realizar eleições com o mesmo clima de segurança e tranquilidade”, completou.



FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

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