Trump diz que deportação em massa de imigrantes ilegais é inegociável / Getty.
Em entrevista à emissora norte-americana NBC
News, nesta quinta-feira (7), o presidente republicano eleito dos Estados
Unidos, Donald Trump, reafirmou a determinação de levar adiante um plano de
deportação em massa de imigrantes ilegais e avisou que não tem escolha.
"Não é uma questão de etiqueta de preço. Nós não temos escolha. Quando
pessoas mataram, assassinaram, quando os traficantes destruíram países.... Agora, eles estão voltando para esses países,
porque não ficarão aqui. Não há uma etiqueta de preço", ressaltou.
Ele prometeu tornar a
fronteira sul com o México "mais forte e mais poderosa". "Temos
que fazê-lo. Queremos que as pessoas entrem em nossa nação. Não sou em quem
diz: 'Não, você não pode entrar'", acrescentou. Em comícios de campanha,
ao longo da última semana, Trump disse não se opõe à entrada de estrangeiros,
desde que estejam legalizados.
Brasileiros e outros estrangeiros
não documentados temem pelo futuro. "Não é fácil, né? Mas Deus toma conta,
Deus está no controle. Vamos ver se vai ser melhor ou se vai ser ruim para nós
e para os Estados Unidos, né?", desabafou ao Correio o mineiro Pitó (ele
prefere ter apenas o apelido divulgado), que mora ilegalmente na Filadélfia
(Pensilvânia) desde 2018.
"Há cinco anos, eu tinha
medo até de sair de casa. A Imigração estava pegando muito. Tinha melhorado,
agora entrou Trump. Eu não achei nada bom, vou esperar uns cinco meses de
governo. No outro mandato, ele não fez muita coisa por causa da pandemia da
covid-19."
Professor do Colégio da
Fronteira Norte (instituição que estuda temas de violência e segurança pública,
em Tijuana), o mexicano Vicente Sánchez Munguía admitiu ao Correio que seu país
vê com preocupação o plano de deportação em massa anunciado por Trump.
"As consequências disso seriam inimagináveis, tanto nos EUA quanto nos países de destino dos imigrantes. O México sofreria o primeiro impacto e não sabemos até quando poderia suportar a pressão do governo norte-americano", afirmou.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE.