Publicada em 11/07/2016 às 10h45.
Estado Islâmico está usando WhatsApp para vender mulheres
O grupo radical Estado Islâmico está anunciando e vendendo meninas Yazidis como escravas sexuais pelo WhatsApp.

Não é novidade que as novas tecnologias de comunicação aproximam as pessoas que gostamos, mas também facilitam condutas criminosas. Segundo investigações, o grupo radical Estado Islâmico está anunciando e vendendo meninas Yazidis como escravas sexuais pelo WhatsApp. A conduta é apenas mais uma de tantas outras absurdas que o grupo vem cometendo desde que ganhou força nos últimos anos.

 

O Estado Islâmico está utilizando várias redes sociais e mensageiros instantâneos, incluindo o WhatsApp e o Telegram, para anunciar e vender meninas de todas as idades, até mesmo menores de idade. Os militantes também estão usando perfis no Facebook para divulgar seus feito e o Facebook Messenger para compartilhar fotos das garotas que são mantidas em cativeiro.

 

O recurso de criptografia ponta-a-ponta, atualmente presente na maioria dos mensageiros, permite que esse conteúdo compartilhado fique restrito apenas aos participantes da conversa, impossibilitando o acesso ao conteúdo pelas empresas e autoridades.

 

Estima-se que aproximadamente 3.000 mulheres e meninas, muitas delas Yazidi, são mantidas em cativeiro e tratadas como escravas sexuais pelo IE por toda Síria e Iraque. Os Yazidis são uma minoria religiosa presente no Iraque e vista como hereges pelos extremistas. Além dos sequestros, violência sexual e comércio de mulheres, o grupo ainda escraviza e faz execuções em massa contra a comunidade.

 

Família Yazidi refugiada "Nós condenamos a inércia dos sites de mídia social como o Facebook, Twitter, WhatsApp e Telegram, que permitem livremente a venda de jovens Yazidis. Os sites nem ao menos respondem aos pedidos de remoção de páginas que fazem anúncios.

 

Além do comércio, o Estado Islâmico também humilha e insulta todos os dias as famílias da minoria, enviando fotos dos sequestrados através desses aplicativos", diz Ahmed Burjus, diretor da Yazda no Reino Unido, organização formada para apoiar a comunidade Yazidi após o genocídio ocorrido em 2014.

 

Já Matt Steinfeld, porta-voz do WhatsApp, disse que a empresa tem tolerância zero contra esses tipos de contas que promovem a intolerância religiosa, e, quando evidenciado tal comportamento, elas são sumariamente desativadas. Completa ainda que eles incentivam seus usuários a denunciarem esses perfis através das ferramentas disponibilizas no aplicativo.

 

Em março deste ano, forças de defesa iraquianas libertaram um grupo de mulheres Yazidi mantidas em cativeiro pelo Estado Islâmico no reduto do grupo em Mosul. Desde 2014, quando o grupo extremista invadiu enormes áreas do Iraque, milhares de Yazidis foram sequestrados e mantidos reféns. Sobreviventes que escaparam do cativeiro revelam o tratamento abominável e a violência sexual praticada pelos terroristas.

R7

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