A queda de desempenho do Náutico na Série B é nítida e pode ser explicada por números ou apenas na observação do que acontece em campo. Em um pequeno comparativo ao dividir a competição até o momento em duas partes, percebe-se o declínio. Da 1ª até a 8ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Timbu tinha uma média de 2,2 gols por jogo, 0,7 tentos sofridos e um aproveitamento de 66,6% dos pontos. A partir da 9ª partida, esses dados caem para 0,8 gol anotado, 1,7 tomados e apenas 23,8% dos pontos conquistados.
Assim como a torcida, a diretoria alvirrubra reconhece o baixo rendimento e mostra preocupação com o momento da equipe. Os dirigentes conversam com Alexandre Gallo constantemente, cobram evolução, porém, entendem os problemas que o técnico teve nas últimas partidas com a lesão de jogadores importantes.
“Conversamos com Gallo na segunda-feira. Desde o jogo no Arruda, contra o Bragantino, percebemos que o time não vem jogando bem, independente do gramado. Nossa a última boa partida foi diante do Paraná. Mas isso também se atribui à quantidade de atletas machucados, outros que estão se condicionando. No sábado tivemos o retorno de Maylson, Taiberson e Eurico. Hugo ainda está entrando em forma. Tudo isso pesa. Mas não pode achar que acabou o mundo”, analisou o diretor de futebol Marcílio Sales.
Ainda de acordo com o dirigente, a confiança no treinador segue em alta no clube. Mas isso não impede de uma cobrança mais efetiva. Marcílio Sales ressaltou que no aspecto administrativo não há motivos para descontentamento no elenco ou queda de rendimento do time.
“Temos muitas rodadas pela frente, conversamos com Gallo sobre a forma de jogar, elenco, enfim, tudo. O que ele tem nos solicitado, estamos cumprindo rigorosamente. Obviamente, fazendo uma análise criteriosa. Respeitamos o treinador, mas o Náutico tem diretoria”, completou.
No elenco, a consciência é de que a reação precisa ser imediata. O zagueiro Léo Pereira, que pode ser titular contra o Goiás no lugar de Eduardo, suspenso, não conseguiu identificar quais problemas levaram o Náutico a esta situação. Contudo, destacou que a culpa precisa ser dividida entre todos os setores.
“É visível que não fizemos boas partidas, mas estamos trabalhando forte durante a semana para buscar a vitória. Só assim iremos mudar a situação do time. Não teve uma conversa específica só com os zagueiros, mas nos cobramos pelos gols tomados. Seis em dois jogos não é normal para um clube como o Náutico. A cobrança individual é muito grande, nossa na parte defensiva é ainda maior”, finalizou.
Folha PE