O Santa Cruz e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foram condenados a pagar uma indenização no valor de R$ 500 mil para os pais Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos - torcedor morto após ser atingido por uma privada, no dia 2 de maio de 2014. A pena, decidida pela 32ª Vara Civil da Capital, através do Juiz José Junior Florentino dos Santos, é de responsabilidade solidaria. Ou seja, se uma das partes não cumprir, a outra terá de fazer o pagamento.

O Tricolor e a entidade máxima do futebol nacional também serão obrigados a pagar uma pensão mensal de R$ 438,62 até o ano que Paulo Ricardo completaria 65 anos. O valor é condizente com um terço do salário de Paulo Ricardo. Segundo a sentença, ele “contribua diretamente para o sustento da família”. Esse valor deverá ser pago de forma corrigida por 39 anos. O julgamento aconteceu no dia 20 de junho com a decisão publicada na última segunda -feira, 11 de julho, em 1ª instância. Cabe recurso.

Os autores do crime, cometido após a partida entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B em 2014, foram condenados em júri popular, no dia 2 de setembro de 2015. Everton Felipe Santiago Santana pegou 28 anos e nove meses; Luiz Cabral de Araújo Neto, 25 anos e sete meses; e Waldir Pessoa Firmo, 22 anos e seis meses. Os três foram condenados por homicídio consumado.

Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, era soldador naval. Ele foi morto no dia 2 de maio de 2014 depois de ser atingido por uma privada jogada de dentro do estádio do Arruda. Além do torcedor, que chegou a falecer, outras três pessoas foram atingidas pelos estilhaços.

Dias após o ocorrido, os então acusados Everton, Luiz Cabral e Waldir foram detidos pela Polícia Civil. Os três confessaram terem retirado e atirado dois vasos. 

O crime aconteceu após a partida entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B de 2014

Folha PE