(FOLHAPE)
“Jogar bem é fundamental. Vencer é uma consequência”. Baseado nesta frase dita por Paulo Roberto Falcão assim que chegou ao Recife, a goleada do Sport sobre o Avaí, nesta quarta-feira (14), na Ilha do Retiro, pode iludir o torcedor mais desavisado. Foi o famoso “venceu, mas não convenceu”. Assim como aconteceu diante da Chapecoense, duas rodadas atrás, o Leão goleou sem se esforçar muito. Com a vitória, o Rubro-negro chegou aos 43 pontos e assumiu a nona colocação no Brasileirão.
Com o intervalo de dez dias para arrumar a casa e colocar a sua filosofia em prática, com direito a alguns treinos fechados, pouco ou quase nada de novo foi no Sport de Paulo Roberto Falcão. Um time preso, previsível e com pouca objetividade. Ou seja, o mesmo filme visto nas últimas partidas sob o comando de Eduardo Baptista. Até mesmo o desenho tático era semelhante, com uma dupla de volantes, formada por Rithely e Wendel, um trio de armadores, com Neto Moura, Marlone e Élber, e um atacante fixo. A única variação era com Neto Moura ficando mais fixo pelo lado direito, enquanto Élber variava, atuando pela ponta direita na primeira metade e depois indo para a esquerda, numa espécie de segundo atacante.
E a ressaca do feriadão deu o tom do primeiro tempo. Em 45 minutos, apenas duas chances claras de gol. Logo aos dez minutos, após cruzamento na área, a bola sobrou limpa para Durval. Porém, veio no pé direito do xerifão, com o chute saindo torto para fora. Com uma falsa pressão, o Leão chegava, mas não penetrava na retranca catarinense. Aos 26, a grande chance da primeira etapa. Em lance confuso, Élber entrou na área e chutou raspando a trave de Diego. Os visitantes só chegaram aos 32, mas Danilo Fernandes defendeu chute de Anderson Lopes. No final, vaias fortes da arquibancada.
Na etapa final, Falcão apostou em Régis para arrumar o sistema ofensivo e conseguir furar o bloqueio adversário. No caso, Danilo deixou o gramado, Wendel assumiu a lateral e Neto caiu para segundo volante. A formação deixou o Sport conseguindo ser sólido e agudo ao mesmo tempo. Em apenas dez minutos, André e Élber desperdiçaram duas boas chances. Mas, aos 15 não teve jeito. Em cruzamento na área, Nino Paraíba, atrapalhado pelo próprio companheiro, cortou mal e a bola sobrou para Régis, na entrada da área, acertar belo chute e abrir o placar. Festa e alívio na Ilha do Retiro.
Sem tempo para respirar, o Avaí tentou responder, mas levou outro direto cruzado no queixo dois minutos depois, quando Marlone deu lindo passe de letra para André bater de esquerda e ampliar o marcador. Definitivamente, as vaias perderam espaço nas arquibancadas da Praça da Bandeira. Apesar da desvantagem, o Avaí não deu moleza e só não descontou porque pecou nas finalizações, desperdiçando em duas chances claras de gol. Com as falhas dos visitantes, o Sport não perdoou quando teve a chance de matar o jogo: aos 39 minutos, André recebeu dentro da área e teve toda a tranquilidade para tocar na saída de Diego, para assim fechar a conta e passar a régua.
FICHA DO JOGO
Sport 3
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz e Danilo (Régis); Rithely, Wendel, Neto Moura, Marlone (Maikon Leite) e Élber; André (Samuel). Técnico: Paulo Roberto Falcão
Avaí 0
Diego; Nino Paraíba, Emerson, Antônio Carlos e Eltinho; Renan (Rômulo), Adriano, Eduardo Neto (Pablo) e Renan Oliveira (Camacho); Anderson Lopes e André Lima. Técnico: Gilson Kleina
Local: Ilha do Retiro (Recife). Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez (RJ). Assistentes: Rodrigo Henrique Correa e Luiz Claudio Regazone (ambos do RJ). Gols: Régis (aos 15 do 2ºT) e André (aos 17 e aos 39 do 2ºT). Cartões amarelos: Rithely, Wendel (Sport). Renan, Eduardo Neto e Anderson Lopes (Avaí). Público: 5.049. Renda: R$ 91.640,00