Publicada em 21/12/2015 às 10h01.
Repórteres são detidos pela PM durante cobertura em Santa Catarina
A PM diz que ele não respeitou o perímetro estabelecido para a imprensa e que sua integridade física estava em risco.

Três jornalistas foram detidos pela Polícia Militar no último sábado (19) durante uma reintegração de posse em Florianópolis. Um repórter que trabalha no jornal "Diário Catarinense" e duas jornalistas de uma página no Facebook chamada "Maruim" acompanhavam a ação policial, realizada por volta do meio-dia, em um terreno no norte da ilha. Marco Favero, 24, que atua como repórter-fotográfico no "Diário", foi algemado e colocado num carro da polícia, sob o argumento de que seria melhor para sua segurança, segundo disse.


A PM diz que ele não respeitou o perímetro estabelecido para a imprensa e que sua integridade física estava em risco. Favero foi liberado cerca de 40 minutos depois. Já as jornalistas Natália Pilati e Joana Zanotto, que trabalham para a "Maruim", foram detidas após a reintegração e encaminhadas à delegacia, onde assinaram um termo circunstanciado. A PM argumenta que elas não se identificaram como jornalistas e que, no entendimento dos policiais, participavam da invasão.



O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina emitiu uma nota de repúdio às prisões. Segundo o órgão, o episódio representa uma "tentativa de intimidação e cerceamento à liberdade de imprensa". A direção do "Diário Catarinense" considera que a ação policial "impediu o trabalho da imprensa, um dos pilares da sociedade democrática". Na semana passada, outra repórter do jornal teve o celular apreendido por um PM e as imagens, apagadas.



A empresa registrou um boletim de ocorrência do episódio. A Polícia Militar de Santa Catarina informou que em nenhum momento os policiais tiveram a intenção de impedir o trabalho da imprensa, mas sim de salvaguardar a segurança dos profissionais.



Ao todo, 36 pessoas foram detidas pela PM durante a reintegração de posse. A maioria era de estudantes universitários, que estavam no local desde o início da semana e protestavam pela construção de moradias populares e pela reforma agrária. A terra invadida é de propriedade do ex-deputado estadual Artêmio Paludo.

 

 

FolhadePE

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