Com o aumento nos casos de dengue, zika vírus e chikungunya neste verão e a descoberta da relação entre o zika e o surto de microcefalia no estado, as pessoas estão cada vez mais empenhadas na luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor dessas doenças. Por isso, a procura por telas de proteção e mosqueteiros cresceu até quatro vezes em Pernambuco.

Preocupada com a proliferação do mosquito, a turismóloga Camilla Pellegrino contratou uma empresa para instalar telas protetoras em todas as janelas do apartamento onde mora com a filha Clara, de quatro meses, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. “Eu tomei essa decisão porque ela não fica trancada num quarto o dia inteiro, com o ar condicionado. Foi uma solução barata, segura e deu alívio”, explicou.

Camilla segue uma tendência no estado. O dono da empresa responsável pela instalação dos produtos na casa dela, Humberto Nunes, disse que percebeu um grande aumento na demanda. “Antigamente, eu fazia dez instalações mensais. Hoje eu faço em torno de 40”, informou. Normalmente há dois tipos de tela disponíveis nas lojas especializadas: uma fixa, que custa R$ 100 o metro quadrado e outra “de correr”, vendida por R$ 150 o metro quadrado. “Eu venho à casa do cliente para fazer as medidas. Aí eu mando um e-mail, ele aprova o orçamento e fechamos o contrato”, contou Humberto.

Com proteção dentro de casa, a turismóloga está mais tranquila. Mas nem por isso deixará de ficar alerta: Jaboatão é uma das cidades com maior número de casos de dengue, zika e chikungunya no estado. “Dá um desespero, aí você fica achando que o seu bebê vai ser picado a toda hora e você quer passar repelente e não pode. Essa foi uma solução”, acredita.

FONTE: G1