O varejo brasileiro começa a se preparar para a Páscoa. Em alguns supermercados do Recife, as gôndolas dos tradicionais ovos de chocolate já ganharam corpo. Entretanto, neste ano, eles podem não ser a sobremesa principal do dia 16 de abril. Ao que tudo indica, a Páscoa 2017 será mesmo das barras de chocolate.
É que com a alta de preços nas indústrias, os ovos chegaram mais caros, numa alta que pode chegar a 12%, seguindo a perspectiva da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Na ronda que o JC realizou na quarta-feira (14), algumas opções do produto já ultrapassam os R$ 60.
Para tentar fechar o período sazonal dentro da meta estabelecida, a rede de varejo está oferecendo algumas facilidades ao cliente, como a opção de dividir os doces em várias prestações no cartão de crédito.
Por lá, a reportagem encontrou o fisioterapeuta Fadi Ali, 33 anos. Ele estava comprando ovos de Páscoa para presentear a esposa e o filho pequeno, mas afirmou que no carrinho só entraria os chocolates mais baratos. “O preço é algo muito importante na hora da compra. Gosto de pesquisar antes de comprar, pois o preço acessível faz toda diferença”, arrisca.
Já na cestinha da confeiteira Eliane Diniz, 41 anos, só vão entrar as barras de chocolates. O motivo? Por serem mais baratas, claro. “Procuro pesquisar os preços para economizar”, aponta.
ApostasH
E se o filão deste ano vai ser mesmo esse formato que Eliane levou para casa, a Rede Walmart está apostando todas as fichas nele. Por isso, a expectativa é de que haja um crescimento de 8% nas vendas deste ano, em comparação com a Páscoa de 2016. Lá, há opções de barras importadas a partir de R$ 3,98.
No atacarejo Assaí, a estimativa é mais ousada: projeta crescimento de 15% nas vendas dos itens sazonais de Páscoa. E nesse percentual, obviamente, estão coberturas e barras de chocolates, voltadas ao microempreendedor que quer fazer uma renda extra nesta Páscoa e produzir seu próprio Ovo de Páscoa.
JC
