Publicada em 18/05/2017 às 14h07.
Após delações da JBS, FHC defende respeito à Constituição e sugere até renúncia
Ele defendeu que a saída para a crise deve ocorrer "no absoluto respeito à Constituição."

(Reprodução da internet)

 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira (18) que os políticos atingidos pelas delações de executivos do frigorífico JBS "têm o dever" de dar explicações e que, se elas não forem convincentes, devem "facilitar a solução" para a crise política, nem que seja com a "renúncia" aos seus cargos. Ele defendeu que a saída para a crise deve ocorrer "no absoluto respeito à Constituição."


Na quarta (17), o jornal "O Globo" revelou que o dono do JBS, Joesley Batista, gravou o presidente Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


Batista, ainda de acordo com o jornal, também gravou o presidente do PSDB e senador afastado Aécio Neves pedindo R$ 2 milhões para pagar despesas com advogados. Aécio foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a irmã dele foi presa pela Polícia Federal.


"Os atingidos por elas [denúncias] têm o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões. Se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia. O país tem pressa. Não para salvar alguém ou estancar investigações", afirmou FHC em texto publicado em sua página no Facebook.


Ainda de acordo com o ex-presidente, "a solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito à Constituição." A eventual saída de Temer implicaria na realização de eleições indiretas, ou seja, o novo presidente seria escolhido pelo Congresso. Isso porque resta menos da metade do mandato presidencial, que teve início em 2015.


Fernando Henrique disse ainda que "é preciso saber com maior exatidão os fatos que afetaram tão profundamente nosso sistema político e causaram tanta indignação e decepção" e defendeu a "publicidade" das gravações envolvendo os políticos, que estão sob sigilo.


 

 

(Foto: Editoria de Arte/G1)
G1
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