O PSB decidiu romper com o governo de Michel Temer (PMDB), durante reunião da Executiva do partido, neste sábado (20). Para a cúpula da sigla, o presidente perdeu as condições de governar e deve abrir mão do cargo.
O partido decidiu fechar questão em favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), que antecipa as eleições diretas para presidente da República, que já vem sendo apelidada de "emenda das Diretas já".
A Constituição prevê que, em caso de vacância da presidência nos dois últimos anos de governo, deve ser feita uma eleição indireta na qual apenas deputados e senadores votam.
- O PSB tomará uma decisão de sugerir a renúncia do presidente, porque ele perdeu as condições de governar o país. Dentro desse ambiente de renúncia, que é uma decisão dele, pessoal, ou no caso de vacância do cargo, o PSB defende o respeito à Constituição, fortalecerá e fechará questão com relação à votação da emenda das Diretas Já, informou o secretário-geral do PSB, Renato Casagrande.
A sigla desembarca do governo após um distanciamento que ficou evidente quando o partido fechou questão contra as reformas trabalhista e da Previdência. A orientação, porém, não foi cumprida por todos e no dia da votação da reforma trabalhista no plenário da Câmara o partido rachou: dos 30 deputados, 14 desobedeceram a decisão.