Se uma decisão é o momento certo para tirar a prova de quem é o melhor, a final da Liga dos Campeões entre Juventus e Real Madrid, às 15h45, neste sábado (3), em Cardiff, País de Gales, tem o ingrediente perfeito. De um lado, o ferrolho italiano com a defesa menos vazada da competição, com apenas três gols sofridos. Do outro o ataque fulminante espanhol com 32 tentos anotados. Os números da Juve são os melhores quando considerados não só a fase de grupos, mas também a fase eliminatória, pois o Copenhagen, eliminado no início da Champions, só levou dois gols.
Em cada equipe, um símbolo dessas marcas. O veterano de 39 anos Gianluigi Buffon é o retrato da segurança quando o assunto é defesa. O goleiro vai para sua terceira final da Liga, mas sempre bateu na trave, perdendo as decisões de 2002-2003 e 2014-2015.
Figura mais emblemática do Real, Cristiano Ronaldo responde por 10 dos 32 gols, 31,25% do total. Se marcar um gol na decisão, empata com Messi na artilharia da competição.
Diferente de Buffon, o português tem um retrospecto positivo nas decisões, saindo vencedor em 4 das 5 que jogou, com um aproveitamento de 80%.
BBC X BBC ?
A junção de três siglas, popular entre os grande clubes de futebol, pode se fazer presente no Millennium Stadium, em Cardiff. Enquanto os torcedores da Velha Senhora enaltecem o trio defensivo formado pelo goleiro Buffon e a dupla de zaga Bonucci e Chiellini, os madridistas tem no trio de ataque formado por Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo a esperança de gols. A dúvida fica por conta do primeiro 'B'.
Em baixa na temporada e sofrendo com lesões, o filho da terra Gareth Bale até está recuperado e apto para entrar em campo em seu país, mas o bom rendimento do meia Isco pode melar o duelo de letras. Até o momento, o treinador Zinédine Zidane despista sobre quem entrará.
Enquanto um perde, outro pode 'ganhar' um B. Escalado nas duas partidas da semifinal diante do Monaco e em mais oito jogos, o zagueiro Barzagli pode aparecer mais uma vez no esquema do técnico italiano Massimiliano Allegri para decisão.
JC
