Imagens obtidas pelo G1 mostram a área da queda ao amanhecer. Compartimentos abriram no impacto com a água e a carga ficou espalhada. Entre os produtos, estão bicicletas, eletrônicos, eletrodomésticos, cilindros de oxigênio para hospitais, além de material de vestuário.

De acordo com informações da Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), o acidente ocorreu entre 1h30 e 3h. Para evitar qualquer risco à navegação, o tráfego no canal do Porto de Santos foi interrompido. A navegação foi liberada completamente às 8h40.

A agência do navio foi acionada pela autoridade marítima e um inquérito administrativo foi instaurado para levantar as causas e responsabilidades. A Marinha do Brasil emitiu um alerta aos navegantes para terem atenção na área. Os contêineres ainda não foram retirados do local.

De acordo com informações apuradas pelo G1, o navio operou no terminal Embraport, na margem esquerda do cais, na quinta-feira (10). A embarcação voltou para a barra, a cerca de 4 quilômetros da costa para aguardar autorização para seguir para a BTP, na margem direita do porto.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi notificada sobre a ocorrência e monitora junto com a autoridade portuária os procedimentos adotados para retirar os contêineres da água. O Ibama está ciente do caso, mas ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

Em nota, a Codesp confirmou que o acidente aconteceu por volta das 3h, Fundeadouro 3 (na Barra), fora do Porto Organizado. Ainda em nota, a Codesp disse que Capitania dos Portos de São Paulo e a Praticagem farão levantamento para identificar o local exato da queda dos contêineres.

A Log-In, responsável pelo navio, informou que o mau tempo ocoasionou o desprendimento dos navios. Por nota, a empresa informou que "não havia contêineres que caíram no mar com cargas declaradas como perigosas de acordo com critérios da Organização Marítima Internacional".

A Companhia Marítima da Polícia Militar Ambiental informou que as equipes estão no mar desde o início da manhã orientando tripulantes de embarcações quanto ao risco de acidentes na área onde houve a queda dos contêineres. O objetivo também é coibir a ação de piratas e verificar eventual dano ambiental.