A polícia paraibana investiga a participação de torcedores pernambucanos em um ataque a ônibus do Remo, em João Pessoa, na Paraíba. Segundo as vítimas, integrantes de uma torcida organizada do Santa Cruz, a Inferno Coral, teriam interceptado o veículo.
O caso aconteceu depois da partida contra o Botafogo da Paraíba, realizada no estádio Almeidão, pela série C do campeonato brasileiro. Nenhum torcedor do Santa Cruz foi identificado.
O ônibus que transportava a Torcida Organizada Remoçada, do Clube do Remo, à Belém do Pará, foi interceptado próximo ao município de Pedras de Fogo, na Paraíba. Durante o conflito, quatro torcedores do Remo ficaram gravemente feridos e foram socorridos para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, na capital paraibana.
Ainda segundo os relatos, os agressores seriam torcedores da Inferno Coral, do Santa Cruz, que estariam revidando o último conflito entre as duas torcidas, que aconteceu no aeroporto de Belém antes da partida entre a equipe pernambucana contra a paraense, no dia 5 de maio.
De acordo com o motorista do ônibus, cada carro transportava cinco ou seis pessoas, grande parte portando pedras, barras de ferro e outras ferramentas usadas para agredir a torcida do Remo e destruir o transporte. “Falaram que iam matar, ‘tacar’ fogo, que iam me tirar do ônibus e me agredir”, relatou Francisco.
O motorista, que é o dono do veículo, afirmou que o ônibus não tinha ligação com a torcida paraense. “Minha família foi prejudicada… O ônibus é o meu ganha pão”, lamentou. O transporte ficou com os vidros e a lataria danificados. Ainda segundo o motorista, tirando os torcedores socorridos no hospital, todos voltaram a Belém. Francisco recebeu ajuda de um dono de uma garagem, e ainda planeja a volta para casa.
Agentes da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados ao local, mas os torcedores da organizada pernambucana já tinham ido embora. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Santa Rita, na Paraíba. O delegado Isaías Olegário, que estava de plantão em Santa Rita, é o responsável pelas investigações do caso.
TV Jornal