O primeiro dia de greve de parte dos servidores municipais do Recife teve pouca adesão e encerrou a possibilidade de negociação da gestão municipal com a categoria. De acordo com o secretário de Administração e Gestão de Pessoas do Recife, Marconi Muzzio, a greve foi deflagrada ainda durante as mesas de negociação. "Enquanto eles não encerrarem a greve, não voltaremos a discutir sobre a situação dos servidores representados pela entidade. Lembrando que as mesas continuam com mais de 30 sindicatos que também representam os servidores municipais", pontuou o secretário. Nesta segunda, houve uma rodada de negociação e outra está marcada para quarta-feira, às 10h.
Os servidores municipais deram início à paralisação nesta segunda-feira. Pela manhã, houve uma assembleia na sede do Sindsepre. A categoria pede aumento de 13,19% nos salários e mais 18,53% no vale refeição. Na última semana, um dia antes da assembleia que aprovou a greve, a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas (SADGP) da Prefeitura do Recife realizou a terceira reunião geral com os representantes do Fórum dos Servidores Municipais. No encontro, os representantes da PCR apresentaram uma proposta de reajuste dos salários, de 1,5% até 7,5% condicionado à receita do município. "A nossa pauta visa, essencialmente, a reposição da perda inflacionária de janeiro a dezembro de 2015, que chegou a aproximadamente 10%, mas nem isso foi oferecido", denunciou Plínio Oliveira, gerente de comunicação do Sindsepre.
Ainda nesta segunda-feira, houve a quarta rodade de negociação com os servidores municipais. "Estamos negociando com mais de 30 unidades sindicais e só eles deflagraram greve. Vamos começar as mesas setoriais nesta próxima fase e não vamos sentar com o Sindsepre enquanto eles não encerrarem a greve. Todas as nossas reuniões são bem transparentes e participativas. Eles foram intempestivos e agiram de forma ilegal. Eles devem reverter esse quadro para que possamos continuar dialogando", adiantou Marconi Muzzio.
O secretário de Administração e Gestão de Pessoas também informou saber que greve é um direito de todo trabalhador, mas discordou do momento em que a mobilização foi deflagrada. "Quem fica na situação de ponta é a população. Por isso estamos agindo com cautela. Em2013, não havia cabimento e a greve foi revertida. Agora estamos diante de mais uma manifestação descabida. Mal começamos a negociar", concluiu.
FONTE: DIARIO DE PERNAMBUCO