As eleições municipais de 2016 serão realizadas apenas no segundo semestre, mas as articulações de campanha nas principais cidades da Mata Sul já começaram. Pré-candidatos de diversos partidos e grupos políticos começam a organizar estratégias e definir nomes para a disputa no pleito, que promete ser bastante acirrado.

A partir de hoje o Portal Nova Mais inicia uma série de reportagens com os pré-candidatos às eleições 2016 nas principais cidades da região. A primeira matéria será com os postulantes de Água Preta. Em entrevista por telefone, os candidatos ao cargo do Executivo destacaram por que decidiram concorrer a prefeito de sua cidade e qual a visão de cada um do momento crítico pelo qual o país atravessa.

EDUARDO COUTINHO

A primeira manifestação de interesse foi de Eduardo Coutinho (PSB/PE), ex-mandatário aguapretano. Experiente no mundo político, ele alegou que decidiu concorrer mais uma vez às eleições por entender que a atual gestão municipal administra com pouca competência, deixando a população carente de serviços básicos da administração pública:

- “Não restam dúvidas de que serei candidato a prefeito novamente. A atual gestão não está cumprindo aquilo que prometeu em palanque nas últimas eleições e tem deixado a população carente de serviços essenciais. Todas as áreas apresentam problemas: na saúde, faltando remédio nos postos; na educação, na infraestrutura, nada do que foi prometido está sendo cumprido. Tenho estado atento ao que povo de Água Preta diz e eles mesmos me pedem que volte a administrar a cidade”, disse.

Questionado se a crise política e financeira de âmbito federal, com reflexo no repasse de impostos para os municípios, pode atrapalhar sua hipotética futura administração, ele se mostrou cauteloso, mas confiante:

- “A crise existe, não se pode negar, mas não acredito que ela seja motivo para não fazer o que tem que ser feito. A crise está sendo usada como desculpa, porque dá pra trabalhar.”, concluiu.

TOTINHA

Antônio Adolfo Paiva, popularmente conhecido como “Totinha”, é mais um candidato a concorrer ao cargo de prefeito de Água Preta. Ele descreveu sua decisão pela campanha como uma forma de dar fim à velha polarização eleitoral na cidade, sempre dividida pelos grupos políticos de Armando Souto (atual prefeito) e Eduardo Coutinho (ex-prefeito):

 - “Minha candidatura aparece como uma alternativa para acabar com essa polarização antiga na cidade entre Armando e Eduardo. Eu surjo aí como uma terceira via. Acredito que com o trabalho que já desenvolvo em apoio à população e ouvindo diariamente os anseios daquele povo, tenho chances de ganhar sim.”, declarou.

Sobre a crise ser um problema para administrar a cidade, ele alega:

- “Não acredito que ela atrapalhe não, porque há verba para educação, verba pra saúde, verba pra infraestrutura, hoje as áreas mais carentes da cidade. Tudo é uma questão de trabalhar com organização”, argumentou.

THIAGO BARRETO

De família tradicional na cidade, Thiago Barreto é mais um dos pré-candidatos a prefeito. Ele enfatizou que sua administração, caso seja eleito pelo povo, dará mais destaque à questão tecnológica e modernizante, e será mais receptiva às demandas diretas da sociedade. Ele não tem certeza, contudo, se conseguirá derrubar a tradicional disputa polarizada do município:

-“Sou filho de políticos tradicionais da cidade. Minha família está na vida pública aguapretana desde 1972. Não sei se minha administração chegaria a por fim à polarização política na cidade, mas seria uma via mais moderna e tecnológica, sem dúvidas. E de diálogo também. Conversando com o povo nas ruas, percebo que ele se queixa muito da dificuldade de se comunicar com os governantes para falar de suas dificuldades. Na minha gestão, o diálogo será permanente”, disse.

Além deles, mais dois candidatos devem ser concorrentes nas eleições de outubro. O atual mandatário Armando Souto se candidatará à reeleição.  “Shaolin” também deve disputar o pleito. Entretanto, apesar de muitas tentativas, não foi possível conversar com nenhum deles. O espaço, contudo, está aberto para que se manifestem democraticamente.