Publicada em 19/09/2019 às 16h38.
Bolsonaro mantém diretor PF para evitar desgastes com Moro
Nos bastidores, Moro dava sinais de que, se Valeixo fosse demitido sem sua anuência, ele poderia deixar o cargo.

Imagem: REUTERS/Adriano Machado



O ministro da Justi?a e Seguran?a P?blica, Sergio Moro, conseguiu reverter a ideia do presidente Jair Bolsonaro sobre a perman?ncia de Maur?cio Valeixo no comando da Pol?cia Federal (PF), pelo menos por ora.


Moro e Bolsonaro estiveram juntos nesta semana, logo ap?s o retorno do presidente ? Bras?lia. Bolsonaro ficou nove dias internado em um hospital em S?o Paulo, depois do quarto procedimento desde a facada sofrida no abd?men em 2018. Os dois j? haviam se encontrado em S?o Paulo, quando o ministro visitou o presidente.


Valeixo, que estava de f?rias e reassume os trabalhos nesta quinta-feira (19), foi amea?ado no cargo ap?s declara??es do presidente.


Em meados de agosto, Bolsonaro afirmou que poderia substituir o diretor-geral da Pol?cia Federal. Na ?poca, ele afirmou que ? o respons?vel por indicar o ocupante ao cargo, e n?o o ministro Sergio Moro, a quem a PF est? vinculada.


Dias depois, durante semin?rio no Minist?rio da Justi?a, o ministro Sergio Moro saiu em defesa do delegado Maur?cio Valeixo.


Nos bastidores, Moro dava sinais de que, se Valeixo fosse demitido sem sua anu?ncia, ele poderia deixar o cargo, o que ele nega oficialmente, como fez ao programa "Em foco", na GloboNews.


No governo, ministros da ala militar v?m repetindo, de forma reservada, que se Moro sair do governo o desgaste para o presidente seria incalcul?vel, principalmente para o discurso do combate ? corrup??o ? um dos pilares da campanha que elegeu Bolsonaro.


Mas o pano de fundo da pol?mica envolve a desconfian?a de que Moro ? candidato em 2022 ? o que o ministro j? negou.


Um ministro chegou a dizer ao blog nesta quarta-feira (18) que "n?o havia necessidade em trocar Valeixo enquanto Moro estava sendo "de uma corre??o e gentileza" com o presidente. E que as "teorias de conspira??o" que alimentam Bolsonaro sobre poss?vel candidatura de Moro s?o produzidas pelo "grupo da raiva", conselheiros do presidente que n?o trabalham no governo.


Valeixo ? escolha de confian?a de Moro, mas entrou na mira do grupo do presidente Bolsonaro nos ?ltimos meses.


Para aliados do Moro, pesou para a "fritura" de Valeixo o despacho de um delegado do Rio de Janeiro, respons?vel por uma investiga??o sobre crimes previdenci?rios, que cita um homem identificado como H?lio Neg?o, que seria hom?nimo do deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ), conhecido como "Helio Neg?o" ? amigo h? mais de d?cadas do presidente da Rep?blica.


A avalia??o ? a de que "grupos na PF" estavam atuando para "queimar Valeixo e Ricardo Saad" junto ao presidente. Bolsonaro disse que iria substituir o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por problemas de "gest?o e produtividade".


No mesmo dia, entretanto, a PF divulgou nota dizendo que a substitui??o n?o tinha rela??o com a produtividade de Saadi, e anunciou que o posto seria assumido por Carlos Henrique Oliveira Sousa, de Pernambuco.


No dia seguinte, entretanto, Bolsonaro reagiu ao nome de Sousa e, ao dizer que seria Alexandre Silva Saraiva, de Manaus, e afirmou que "quem manda sou eu".


Com a perman?ncia de Valeixo na diretoria-geral da PF, Moro d? sequ?ncia aos trabalhos no Minist?rio da Justi?a e, no ano que vem, pode ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), nas contas de seus aliados.


FONTE: Andr?ia Sadi/ G1

Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2024
Desenvolvido por RODRIGOTI