Publicada em 04/07/2020 às 10h36.
Obesidade no grupo de risco
Quem sofre com o excesso de peso tem mais chances de desenvolver o quadro grave da Covid-19.


O número de obesos no planeta preocupa a Organização Mundial de Saúde (OMS) - Foto: Gerd Altmann/Pixabay


Muito antes de o novo coronavírus ser manchete nos jornais, o número crescente de obesos no planeta já preocupava entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS). A projeção é que um em cada oito adultos de todas as partes sofra dos malefícios causados pela doença, que agora inclui o risco dobrado de desenvolver o quadro grave da Covid-19.  A preocupação não é à toa. Este é um problema crônico e de ação inflamatória que causa alterações hormonais no tecido adiposo, assim os obesos possuem maior número de marcadores inflamatórios.


Segundo a especialista em obesidade e cirurgia bariátrica, Flávia Monteiro, quanto maior o grau, maior será o agravamento pelo coronavírus para a síndrome respiratória aguda. É que além da dificuldade à resposta imunológica, devido às alterações metabólicas, hormonais e deficiências nutricionais, pode haver uma capacidade respiratória predispondo a desenvolver processos inflamatórios acentuados no pulmão.


“O indivíduo para ser obeso tem em sua composição corporal um elevado percentual de gordura. Mas isso não é medido em balança, essa apenas pesa a composição corporal total, com massa óssea, líquidos, músculos, órgãos e gordura. Ela não diferencia se esse é de gordura ou não. Deve-se fazer cálculos associados ao Índice de Massa Corpórea (IMC) com as medidas da circunferência abdominal”, explica a especialista. Esse cálculo é feito da relação do peso (kg) dividido pela altura ao quadrado (m²). Se esse valor for entre 25 e 29,9kg/m²é classificado com sobrepeso e sendo igual ou superior a 30kg/m é obesidade. 


Novos hábitos


Quem olha de fora, acha que comer demais e viver no sedentarismo é mera “falta de vontade de mudar”. Mas não é verdade. Tanto, que, segundo os profissionais de saúde, essa mudança exige tomada de consciência seguida de acompanhamento multidisciplinar, que inclui tratamento psicológico, reprogramação alimentar e constância na atividade física. Sobre o movimento do corpo, o professor de Educação Física da Pitágoras Caruaru, Heber Silva, diz que “é importante fazer exercício, mas sempre com conhecimento para não afetar a saúde. As pessoas com esse quadro precisam ter algumas restrições, pois há o risco de uma lesão, que, além de ser um prejuízo para o corpo, pode desmotivar a pessoa”, explica.

 

Feita a adaptação, é hora de seguir com uma dieta personalizada e longe de restrições generais, como simplesmente cortar carboidrato. “Não é só um plano alimentar qualquer, é o balanço energético negativo, composição do perfil da dieta, o perfil hormonal, a saúde intestinal, a mastigação, a saúde mental, o manejo do estresse, o sono, o exercício físico, o mindfulness. Resumindo, não é nada simples, mas é possível com práticas simples, sustentáveis, diárias e frequentes”, completa Flávia Monteiro.


Alguns passos para mudar:


1 - O primeiro caminho é a tomada de consciência, seguida da ajuda profissional

2 - Não adote dietas muito restritas. A adaptação alimentar deve ser gradual

3 - O objetivo varia por pessoa. Mas bons resultados aparecem com a perda de 5 a 10% do peso inicial 

4 - É indicado o aumento no consumo de fibras. Elas reforçam a saciedade

5 - Aumentar a hidratação também ajuda a equilibrar o corpo e garantir saciedade

6 - Movimentar-se, em casa, ajuda na perda de calorias. Os exercícios podem aumentar aos poucos

7 - Os acompanhamentos psicológico e familiar ajudam a suportar as mudanças na rotina  

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