Os números da empregabilidade no comércio de Palmares e de outros municípios da Mata Sul de Pernambuco ainda refletem os efeitos da crise econômica nacional, mas os dados registrados nos quatro primeiros meses de 2016 já são melhores que os do mesmo período do ano passado. Pelo menos é o que garante o SINDEC (Sindicato dos Comerciários de Palmares, Água Preta e Catende). O órgão argumenta que um dos motivos da melhora no setor é a adaptação do comerciante à crise, com enxugamento da folha salarial e manutenção do quadro efetivo.
Em entrevista ao Portal Nova Mais, Valmir Andrade, presidente da entidade, divulgou os percentuais de demissão e admissão do comércio palmarense nos últimos doze meses, que revelam, segundo ele, melhora nos índices de empregabilidade no setor de vendas do varejo e atacado. Na comparação entre Janeiro e Abril de 2015 e mesmo período de 2016, houve uma queda de 32% na redução dos postos de trabalho, explicada em parte pela deflação dos produtos, o que aumentou as vendas de mercadorias, e a dificuldade do empregador em pagar direitos trabalhistas a funcionários demitidos:
- “O que nós observamos hoje em Palmares é uma queda de 32% de desemprego no comércio. Isso de deve em parte à deflação (queda de preço dos produtos), como também à dificuldade dos empregadores em demitir funcionários, haja vista os direitos e encargos trabalhistas, que são altos. E o Sindicato vem trabalhando incansavelmente para convencer os comerciantes das vantagens em manter o quadro em atividade”, disse.
Em todo o ano de 2015, o SINDEC registrou perda de 361 postos de trabalho no comércio, metade disso (181 postos) só nos quatro primeiros meses. Essa curva mostra-se descendente entre Janeiro e Abril desse ano, com demissão de 122 empregados. Ainda de acordo com Valmir Andrade, um dos grandes entraves para a melhora da economia local é a ausência de um polo industrial na região, o que geraria mais emprego e renda para a população, além dos altos preços de aluguéis dos pontos comerciais:
- “Um dos grandes problemas do comércio de Palmares é o preço dos alugueis de imóveis, o que desestimula muitas empresas a se instalarem na cidade. A valorização é uma das maiores de Pernambuco, inviabilizando o interesse dos empresários. Sem contar a ausência de um polo industrial forte, que melhorasse a renda da população” argumentou.
Os dados atualizados de empregabilidade na região são conferidos pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), órgão do Governo Federal que objetiva reunir a movimentação de postos de trabalho em todo o país.
